
Durante a II Reunião de Ministras e Ministros das Relações Exteriores dos países ibero-americanos, realizada de forma telemática, os representantes ibero-americanos concordaram com o seguinte posicionamento comum da região sobre a escolha da próxima pessoa a assumir a Secretaria das Nações Unidas
- Reiterando o firme compromisso da Comunidade Ibero-americana de Nações com os princípios e os propósitos da Carta das Nações Unidas, com o respeito pelo Direito Internacional e pelos Direitos Humanos, tal como se encontra consagrado no seu acervo desenvolvido ao longo de mais de três décadas desde a Declaração de Guadalajara de 1991.
- Convencidos de que é hoje mais necessário do que nunca fortalecer o multilateralismo e assegurar que todas as regiões do mundo tenham voz na orientação estratégica da Organização, garantindo processos mais inclusivos e representativos e assegurando um equilíbrio geográfico equitativo, a fim de robustecer a capacidade das Nações Unidas para enfrentar os desafios globais.
- Recordando que, em 2026, ano em que se celebrará a XXX Cimeira Ibero-americana, o Conselho de Segurança e a Assembleia Geral das Nações Unidas deverão designar a pessoa que estará à frente da Secretaria durante os cinco anos seguintes, de acordo com o estabelecido na Carta das Nações Unidas.
- Sublinhando que este cargo apenas uma vez na história da Organização das Nações Unidas foi ocupado por uma pessoa oriunda da região da América Latina e do Caribe.
- Apoiamos que uma pessoa nacional de um Estado da América Latina e do Caribe ocupe a Secretaria da Organização das Nações Unidas.
E, nesse sentido, fazemos um respeitoso apelo à Assembleia Geral e ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para que este posicionamento ibero-americano seja devidamente considerado no âmbito do processo de consultas e decisões relativas à eleição da próxima pessoa que assumirá o cargo de Secretário-Geral da ONU.
