
O volume, publicado em espanhol, português e inglês, reflete o papel estratégico da cultura como motor de mudança para o desenvolvimento social, a inclusão e a coesão social. “Neste livro constatamos que a proteção da diversidade cultural serve como uma das maiores reservas e alavancas democráticas, aquela que nos torna especificamente imaginativos, críticos, simbólicos e complexos em nossa riqueza”, aponta Enrique Vargas Flores, Coordenador do Espaço Cultural Ibero-Americano.
Entre as iniciativas incluídas, figuram os principais apoios promovidos por Ibermuseus, Iberarquivos, Iberbibliotecas, IberCultura Viva e comunitária, Ibercena, Ibermédia ou Iberorquestras Juvenis ou Ibermúsicas. Exemplos práticos: o acesso democrático a arquivos e a recuperação da memória dos povos indígenas e afrodescendentes; a atenção a populações migrantes em bibliotecas; a proposta de um modelo de política cultural latino-americana concebida de baixo para cima, como é a Cultura Viva. Os programas também têm sido pioneiros, como se demonstra, como modelos de governança corporativa ou como laboratório democrático para avançar em posições como os direitos da comunidade LGTBIQ* ou na incidência sobre o financiamento público.
O livro aprofunda como os recursos financeiros e técnicos destinados à cooperação cultural, além de contribuir para a institucionalidade cultural de um país, criam um patrimônio intangível de uma região composta por 22 países que compartilham cultura e dois idiomas.
Além disso, a publicação, coordenada por Paola de la Vega Velastegui, oferece – a partir de artigos acadêmicos e entrevistas com personalidades como a ministra da Cultura do Brasil, Margareth Menezes – uma radiografia dos desafios e das oportunidades que a cooperação cultural ibero-americana enfrenta no contexto global atual.
A publicação se encerra com uma série de conclusões que reafirmam a convicção da SEGIB e dos 22 países envolvidos de que sua cooperação cultural é um pilar essencial do multilateralismo, um instrumento que promove a solidariedade, o intercâmbio de boas práticas, a circulação cultural, a diversidade e o fortalecimento de identidades compartilhadas.
