Orquestra Juvenil Ibero-americana: 130 jovens de 16 países unidos pela música

Sob a égide do Iberorquestas, um dos 30 programas de cooperação promovidos pela Secretaria-Geral Ibero-americana (SEGIB), 130 jovens de 16 países da Ibero-América se reuniram em Montevidéu para tocar e refletir sobre o poder transformador da música.

Durante cinco dias em setembro, os jovens músicos, provenientes da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Espanha, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Portugal e Uruguai, foram protagonistas do Fórum Juvenil Ibero-americano, um encontro no qual se aprofundaram sobre o papel da música como agente de mudança e ferramenta de inclusão e desenvolvimento social.

No fórum, destacaram a importância de que os Estados fortaleçam as estruturas educacionais musicais e promovam a educação musical em áreas rurais ou menos privilegiadas. Também discutiram estratégias para construir uma carreira musical e reconheceram seu papel, não apenas como intérpretes, mas como agentes de mudança que podem inspirar e liderar por meio de suas experiências e habilidades musicais.

“A música tem um papel transformador em muitas áreas, e é uma pena que não tenha tanta importância quanto, por exemplo, a matemática tem dentro de uma escola. É necessário incentivar a música”, disse a brasileira Milene Rocha, contrabaixista do Rio de Janeiro.

O encontro culminou com um concerto da Orquestra Juvenil Ibero-americana no Auditório Nacional de Montevidéu, no qual foi apresentado um repertório de claro sotaque ibero-americano, incluindo clássicos como Joyas Hondureñas, de Luis Nieto; Danzón nº 9, de Arturo Márquez; Arenal 1968; La boda de Luis Alonso e Libertango, de Astor Piazzola, entre outros.

Aprovado em 2008, durante a XVIII Cúpula Ibero-americana de Chefes de Estado e de Governo em El Salvador, o Iberorquestras  tem como objetivo principal fomentar, apoiar e contribuir para o desenvolvimento e implementação da prática musical na infância, adolescência e juventude em situações de risco social. O programa tem beneficiado, há anos, milhares de crianças e adolescentes de baixa e média renda por meio da formação musical.

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