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A SEGIB, com a colaboração do OIJ, apresenta oito iniciativas ambientais lideradas por jovens ibero-americanos

As propostas —apresentadas na Pré-COP30— fazem parte do programa “Jovens Inovadores pelo Meio Ambiente na Ibero-América”, que reunirá as 44 melhores práticas de jovens dos 22 países ibero-americanos.

A Secretaria-Geral Ibero-Americana (SEGIB), junto com o Organismo Internacional de Juventude para a Ibero-América (OIJ), apresenta oito propostas inovadoras para responder aos desafios climáticos globais.

O programa, intitulado “Jovens Inovadores pelo Meio Ambiente na Ibero-América”, conta com o apoio da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID) e tem como objetivo identificar e difundir iniciativas inovadoras que abordem os quatro eixos da Carta Ambiental Ibero-Americana.

Oito iniciativas jovens diante do mundo

Após um processo de avaliação de mais de 170 iniciativas de toda a Ibero-América, o júri —composto por profissionais da SEGIB e do OIJ— selecionou 44 propostas, duas por país, segundo critérios de escalabilidade, sustentabilidade, replicabilidade e inovação. Dentre elas, oito experiências de alto impacto foram apresentadas no evento “Jovens rumo à COP30”, que contou também com a colaboração da OEI-Brasil.

Países e representantes selecionados:

  • Guatemala, representada por Brayan Orlando Sebastián Peren Choguix. Projeto: Resilient Highlands, um coletivo de jovens maias em agricultura sustentável. “Semeamos resiliência. Colhemos sustentabilidade.” Trinta jovens maias integram saberes ancestrais com tecnologias modernas (estufas e bioinsumos) para impulsionar uma agricultura sustentável. Sua proposta fortalece a segurança alimentar, restaura solos, gera renda local e reduz a migração forçada.
  • Equador, representado por Alisson Johanna Defaz. Projeto: Biorreatores de microalgas aplicáveis em fachadas para mitigar a poluição do ar urbano.Propõe transformar as fachadas dos edifícios em sistemas bioativos por meio de microalgas que capturam CO₂ e produzem oxigênio. Sua proposta reduz a poluição do ar urbano e oferece soluções escaláveis e de baixo custo.
  • Brasil, representado por Sival da Silva Fiuza. Projeto: Escola das Juventudes / Centro Sabiá. Localizada em Pernambuco, é uma escola rural que impulsiona a transição agroecológica por meio de Sistemas Agroflorestais (SAF) em comunidades rurais e encontros territoriais.
    Sua proposta atua na recuperação de solos degradados, no sequestro de carbono, na biodiversidade e na formação de jovens multiplicadores em agroecologia.
  • Cuba, representada por Mirthia Brossard (não pôde comparecer). Projeto: Rede Juvenil Ambiental de Cuba. Rede nacional que promove ações diretas de reflorestamento, saneamento ambiental e proteção costeira. Sua proposta fortalece a resiliência territorial e vincula a formação técnica ao voluntariado ambiental.
  • Colômbia, representada por Laura Catalina Reyes Vargas. Projeto: Oceánico Labs. Think-and-do tank dedicado a impulsionar a governança oceânico-climática e a inovação azul na América Latina.
    Sua proposta promove a convergência entre ciência, tecnologia e saberes comunitários, e fomenta a restauração marinha e a sustentabilidade costeira.
  • Espanha, representada por Mónica Gilarranz.  Projeto: Greener. Iniciativa de moda sustentável que utiliza tecidos orgânicos e reciclados tratados com nanotecnologia purificadora do ar. Sua proposta reduz a pegada ambiental da indústria têxtil e transforma a roupa em um filtro ativo contra a poluição.
  • Uruguai, representado por Jazmín Marité Méndez Mesa.  Projeto: Ecocity. Promove a educação ambiental inclusiva com materiais adaptados em Braille e na Língua de Sinais Uruguaia (LSU). Sua proposta alcança mais de 10.000 meninos e meninas e garante acessibilidade total à educação ambiental.
  • Honduras, representada por Ricardo Pineda (não pôde comparecer). Projeto: Rede Hondurenha de Municípios Verdes.  Rede de municípios que fortalece as capacidades locais para a gestão sustentável da água e dos recursos naturais, promovendo o intercâmbio de experiências e capacitações e gerando ferramentas técnicas. A iniciativa conecta governos locais, comunidades e organizações para uma governança ambiental colaborativa, com o objetivo de ampliar a capacidade de adaptação a secas e inundações.

Além disso, foi apresentada regionalmente:

  • GYBN LAC (Global Youth Biodiversity Network – América Latina e Caribe), representada por Héctor Alan Valdez Suárez (México). Coalizão de juventudes e organizações que impulsionam uma transição justa e equitativa rumo a uma sociedade em harmonia com a natureza. Atua como plataforma de coordenação, representação e incidência junto à Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB).
    Promove enfoques baseados em direitos humanos, educação transformadora e equidade intergeracional.

Com esta iniciativa —e com a divulgação do trabalho desses jovens, que será refletido no documento final que reunirá as melhores propostas dos 22 países—, a SEGIB e o OIJ reforçam seu compromisso com a construção de políticas públicas que incorporem a visão, a energia e a liderança da juventude ibero-americana na proteção do meio ambiente e no avanço da Carta Ambiental Ibero-Americana. “É fundamental fortalecer as alianças e incorporar as juventudes como protagonistas na agenda ambiental”, destacou a Secretária para a Cooperação Ibero-Americana, Lorena Larios. Por sua vez, o Secretário-Geral do OIJ, Alexandre Pupo, ressaltou que “precisamos conectar os atores ibero-americanos para a promoção da justiça socioambiental”.

O evento também contou com a participação de autoridades de juventude de países como Espanha, Panamá, Uruguai e o Secretário Nacional de Juventude do Brasil.