A Secretaria-Geral Ibero-americana comemora nesta quarta-feira 20 anos de sua fundação, duas décadas ininterruptas de um trabalho com os 22 países membros para consolidar a Ibero-América, nas quais ofereceu apoio institucional às Cúpulas Ibero-americanas de Chefes e Chefas de Estado e de Governo.
A vinte anos de sua criação, e em um contexto global marcado por profundas mudanças e processos de reconfiguração, o trabalho da Secretaria se consolida como um pilar importante para a coesão interna, o multilateralismo e a cooperação ibero-americanas desde o multilateralismo e a cooperação, a partir de um espaço de diálogo e concertação política no qual todos os países membros participam sem exclusões. O objetivo: fazer cooperação, uma realidade que se constata em 31 programas e no impulso a 29 redes e distintos Laboratórios de Inovação Cidadã que incidem em aspectos como igualdade de gênero, meio ambiente, coesão social, promoção da ciência ou cultura.
Consolidar a Comunidade Ibero-americana com direitos
Nestes anos, a SEGIB se consolidou como um “lugar a partir do qual impulsionamos os direitos de cerca de 600 milhões de pessoas para responder aos grandes desafios globais e, assim, avançar na criação de marcos regulatórios comuns; aprofundar a cooperação multinível e multissetorial; fomentar a criação de direitos, e consolidar, assim, a Comunidade Ibero-americana”, afirma o Secretário-Geral Ibero-americano, Andrés Allamand.
Desde seus inícios, a SEGIB apoiou diversos fóruns, encontros, assim como as Cúpulas Ibero-americanas de Chefes e Chefas de Estado e de Governo. A próxima, na qual se pretende também repensar a cooperação ibero-americana para dar-lhe maior efetividade, será celebrada nos próximos dias 4 e 5 de novembro de 2026 em Madri, sob o lema: “Ibero-América. Juntos construímos nossa Comunidade”.
Das Cúpulas resultaram acordos importantes para a Ibero-América, como a aprovação da Carta Cultural Ibero-americana; da Carta Ibero-americana de Princípios e Direitos em Ambientes Digitais; da Carta Ambiental Ibero-americana; ou a assinatura do Convênio Multilateral de Seguridade Social, primeiro instrumento internacional ibero-americano.
Antes desses grandes encontros entre mandatários, a SEGIB articula e potencializa o trabalho com diferentes fóruns: empresariais, cívicos, parlamentares, acadêmicos, países (observadores associados) e instituições (observadores consultivos) para criar pontes, facilitar o diálogo e coordenar agendas, de modo que suas propostas possam ser elevadas às decisões dos Chefes e Chefas de Estado e de Governo.
Um percurso pela história da SEGIB
Foi em de outubro de 2005 que se concluiu o processo de criação da SEGIB, um caminho que a atual Comunidade Ibero-americana começou a percorrer em 2003, quando se decidiu fortalecer a institucionalidade do sistema, convertendo a então Secretaria de Cooperação Ibero-americana (SECIB) na Secretaria-Geral Ibero-americana, com sede em Madri.
Durante estas duas décadas, a Secretaria-Geral Ibero-americana contou com três Secretários-Gerais. Em seus primeiros anos (2005-2014), foi liderada por Enrique Iglesias (Uruguai), que marcou o rumo inicial da instituição, dando ênfase à história, cultura e línguas comuns, fomentando o diálogo construtivo entre iguais e impulsionando a gênese de um sistema de cooperação com características e identidade próprias.
Em 2014 foi sucedida por Rebeca Grynspan (Costa Rica), que liderou um processo de renovação, marcado pelo alinhamento da cooperação com a Agenda 2030, conforme os mandatos da Cúpula do Panamá (2013) e, particularmente, de Veracruz (2014).
Em 2022 assumiu Andrés Allamand, com o objetivo de consolidar a Comunidade Ibero-americana e projetá-la para o futuro a partir do fortalecimento dos direitos da cidadania, para assim construir uma comunidade mais justa, coesa e com futuro compartilhado.
“Hoje, valorizamos o caminho percorrido, agradecemos àqueles que dele fizeram parte e renovamos nosso compromisso com uma Ibero-América colocando nossa cidadania no centro de nosso trabalho”, enfatiza o Secretário-Geral Ibero-americano.
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