Como parte das celebrações pelo Ano Ibero-americano dos Arquivos para a Transparência e a Memória, a 12 de novembro de 2019 na cidade de Madri, Espanha foi realizado o Seminário Internacional do Ano Ibero-americano dos Arquivos para a Transparência e a Memória, “O Lugar dos Arquivos: Acesso À Informação, Transparência E Memória”.
O programa de cooperação Iberarquivos, a Associação Latino-americana de Arquivos (ALA), a Secretaria-Geral Ibero-americana (SEGIB) e os Arquivos Estatais da Espanha, com o apoio da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento, convocaram o encontro arquivístico onde participaram distintos representantes dos Arquivos Nacionais e Gerais da Ibero-América assim como de Filipinas e Puerto Rico.
Durante sua intervenção a secretária Albán expressou que “na era do imediatismo, da informação e das mudanças disruptivas da tecnologia, a gestão arquivística deve continuar sua reflexão para potenciar a transparência, o acesso à informação e a contribuição decidida ao fortalecimento de nossas democracias” e recordou que desde a SEGIB celebramos a realização do encontro e recordamos que graças à importância que a região ibero-americana dá à matéria, existem 3 programas de cooperação que trabalham ao respeito: programa Iberarquivos, Rede de arquivos diplomáticos ibero-americanos (RADI) e o programa Ibermemória Sonora e Audiovisual.
Por sua parte, Cristina Díaz, Secretária Técnica do Iberarquivos ressaltou as conquistas que o programa de cooperação internacional alcançou com o apoio a 1.314 projetos arquivísticos, que fomentam o acesso, organização, descrição, conservação e difusão do patrimônio documental, que contribui de maneira decisiva a consolidar o Espaço Cultural Ibero-americano.
O seminário foi um foro aberto que permitiu fortalecer os laços de trabalho e pesquisa na área de arquivística e gestão documental. Alguns dos temas que serão desenvolvidos neste encontro arquivístico foram: arquivos e patrimônio documental, programas de apoio aos arquivos, arquivos como depositários, o direito de acesso à informação, a prestação de contas e a proteção de dados, a gestão de riscos para enfrentar desastres naturais e mudança climática na preservação do patrimônio documental, dados e informação sobre os arquivos da Ibero-América, os arquivos na era digital, as necessidades dos Arquivos Nacionais da Ibero-América para conseguir um bom funcionamento, memória partilhada, entre outros.
Por sua parte a presidenta em funções da Associação Latino-americana de Arquivos (ALA) Emma de Ramón, destacou o apoio de especialistas em distintos temas, para poder redigir uma Declaração que recolha as necessidades reais dos Arquivos da Ibero-América e que reflita as dificuldades e desafios do desenvolvimento arquivístico na Ibero-América.
No evento participaram diretores, diretoras e representantes dos Arquivos Nacionais da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, Espanha, Filipinas, México, Peru, Portugal, Porto Rico, República Dominicana e Uruguai.
A partir do diálogo que foi gerado das intervenções de especialistas, acadêmicos, funcionários públicos e demais profissionais envolvidos no afazer arquivístico, foi possível enriquecer a Declaração de Madri, a qual reforça o compromisso com a preservação, conservação e difusão dos arquivos da Ibero-América.
Para finalizar o evento, Severiano Hernández, subdiretor geral dos Arquivos Estatais da Espanha e Silvestre Lacerda, diretor geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas de Portugal, deram leitura à Declaração de Madri em castelhano e português, a qual pretende ser elevada à XXVII Cimeira de Chefes de Estado e de Governo em 2020 em Andorra.
Descarregue a declaração de Madri
Veja todos os assuntos
