Durante o dia de hoje, 22 de outubro, teve lugar o evento virtual “Mulheres protagonistas da reativação Pós COVID-19: um chamamento à ação para o empoderamento econômico das mulheres” no qual participaram Marta Lucía Ramírez, vice presidenta da Colômbia; Rebeca Grynspan, secretária-geral ibero-americana; Caren Grown, diretora global de Gênero do Banco Mundial; Cheng Hoon Lim, subdiretora do departamento do Hemisferio Ocidental do FMI; Epsy Campbell, vice presidenta da Costa Rica; Alicia Bárcena, secretária executiva da CEPAL; María Noel Vaeza, diretora regional para a América Latina e o Caribe da ONU Mulheres; e Susana Malcorra, decana do IE School of Global and Public IE.
Este foi o primeiro evento de apresentação oficial da Coalizão de Ação para o Empoderamento Econômico das Mulheres, coliderada pela Vice presidência da Colômbia e a Secretaria-Geral Ibero-americana SEGIB, cujo objetivo é promover o empoderamento econômico das mulheres, incluindo o contexto atual de recuperação pós COVID-19.
Durante o evento foram definidos quatro eixos de trabalho nos quais será focada a coalizão para que a liderança das mulheres na economia gere uma mudança estrutural na sociedade.
“Temos de assumir compromissos que vão mais além do discurso, da retórica, da formulação de planos, e alcançar compromissos que representem orçamento, assim como a assignação de recursos específicos para o empoderamento econômico e o desenvolvimento empresarial das mulheres”, expressou a vice presidenta colombiana, Marta Lucía Ramírez.
Ainda, se referiu aos quatro eixos:
- O primeiro eixo é a Legislação para igualdade de gênero. Para isso já foi adiantada uma “Análise de legislação discriminatória na América Latina e o Caribe em matéria de autonomia e empoderamento econômico das mulheres”, apresentado pela SEGIB e pela ONU Mulheres em 2019, e foram preparadas fichas de cada país da região, que convidam ao diálogo e à reflexão ao redor dos marcos legislativos e seus impactos sobre a autonomia e o empoderamento econômico das mulheres.
- O segundo eixo de trabalho é promover créditos internacionais com condicionalidade de gênero e a criação de um Fundo Nacional para o empreendimento das mulheres.
- O terceiro eixo proposto é o relativo a compras públicas com enfoque de gênero, promovendo uma maior participação de empresas de mulheres em licitações públicas.
- O quarto eixo se refere às medidas para fomentar o empreendimento e o trabalho digno nos países da América Latina e o Caribe, e a economia do cuidado.
Por sua parte, a secretária-geral Ibero-americana, Rebeca Grynspan, manifestou, com preocupação, que “as possibilidades de as mulheres caírem na pobreza são muito altas e, por isso, é necessário reforçar a agenda de empoderamento econômico das mulheres, não só para seguir avançando nas conquistas que alcançamos, senão para evitar os retrocessos pelos riscos que a pandemia representa para as mulheres” e acrescentou que “a Coalizão para o empoderamento econômico da mulher busca evitar tais retrocessos e avançar rumo a um futuro mais justo, equitativo e sustentável”.
É de se ressaltar que a Coalizão de Ação está integrada por mulheres líderes na Ibero-América, como a vice presidenta da Colômbia, Marta Lucía Ramírez; a vice presidenta da Costa Rica, Epsy Campbell; a secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena; a secretária-geral ibero-americana, Rebeca Grynspan; e a diretora regional para as Américas e o Caribe, María-Noel Vaeza.
Para finalizar o evento, foi feito um chamamento para que outros líderes da região se somem à Coalizão, e a secretária Grynspan ofereceu levar a agenda de empoderamento econômico da mulher, assim como a Coalizão à XXVII Cimeira Ibero-americana, para promover a adesão de mais países.
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