É apresentada em Madri a guia de boas práticas em projetos de cooperação e deficiência de Plena Inclusão

80% das pessoas com deficiência no mundo vive em países com ingressos baixos ou médios, 90% de crianças com deficiência não assiste à escola. Por isso, foi considerado necessário editar uma guia de boas práticas em projetos de cooperação no âmbito da deficiência para impulsionar este tipo de iniciativas entre as organizações.

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A sede da Secretaria-Geral Ibero-americana acolheu nesta manhã o ato de apresentação da Guia de boas práticas em projetos de cooperação e deficiência. Esta guia, realizada pelo psicólogo Luis Simarro –profissional da associação Aleph-TEA (Plena inclusão Madri) e editada por Plena inclusão Espanha, revisa diferentes projetos de cooperação no âmbito da deficiência e suas chaves de êxito.

80% das pessoas com deficiência vivem em países com rendas baixas ou médias. Estas pessoas sofrem situações de multidiscriminação que lhes impede desenvolver vidas dignas: carecem de acesso aos serviços básicos de saúde, de atenção precoce, de educação ou emprego. E se estas pessoas, além disso, são mulheres, pobres e de diferentes etnias, sua exclusão é ainda maior. Isto representa um problema para os projetos de cooperação no âmbito da deficiência, já que requerem tempo, um conhecimento grande da realidade local, uns objetivos bem focados e uma estabilidade. A consequência final é que estas pessoas ainda têm uma presença muito escassa nas políticas de cooperação de nosso país.

No ato de apresentação desta guia, o coordenador da Área de Coesão Social e Cooperação Sul-Sul da Secretaria-Geral Ibero-americana (SEGIB), Martín Rivero, deu as boas-vindas às pessoas assistentes, destacando a importância de que existam documentos que conectem os mundos da cooperação e a deficiência com o fim de que as pessoas que trabalham em cada um destes âmbitos possam trabalhar juntas.

Por sua parte, o diretor de Plena inclusão Espanha, Enrique Galván, agradeceu à SEGIB poder brindar a esta organização a oportunidade de apresentar a guia em sua sede. Referiu-se à mesma afirmando que Luis Simarro “soube identificar uma necessidade e nos oferecer uma resposta para entidades do âmbito da deficiência que desejam se abrir a projetos de cooperação”. Neste sentido, destacou a vocação de universalidade na missão do Plena inclusão, que “não tem fronteiras, mas sim uns compromissos muito claros com as pessoas com deficiência intelectual ou do desenvolvimento e suas famílias”.

Após isso, o autor da guia, Luis Simarro, referiu-se às situações de especial vulnerabilidade e discriminação que as pessoas com deficiência vivem em todo o mundo, assim como as dificuldades às que se enfrentam normalmente aqueles se propõem realizar projetos de cooperação neste âmbito da deficiência.

Para completar a jornada, quatro organizações mostraram projetos relacionados com a cooperação e a deficiência. Maria Auxiliadora Manrique –Chefe de Serviço de Cooperação e Governabilidade Democrática da AECID–,apresentou uma Guia para a inclusão da Deficiência em Cooperação ao desenvolvimento, realizada por esta Agência pública.

Ana do Manzano, de Movimento pela Paz, explicou a situação de refugiados sírios com deficiência. E a continuação, duas organizações do Plena inclusão –Mater Misericordiae de Baleares, e Grupo AMÁS de Madri–, contaram seus respetivos projetos de cooperação internacional.

A Guia de boas práticas em projetos de cooperação e deficiência pode ser descarregada em formato PDF no item de Publicações da página web do Plena inclusão Espanha.

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