El X Encontro Empresarial Ibero-americano arrancou no sábado, dia 6 de dezembro, no porto mexicano de Veracruz com um apelo à promoção da produtividade das empresas e do talento através de “mais e melhor educação” num momento de desaceleração econômica.
A cerimônia de abertura esteve a cargo da Secretária Geral Ibero-americana, Rebeca Grynspan; do Ministro de Assuntos Exteriores e de Cooperação espanhol, José Manuel García Margallo; do Governador Constitucional de Veracruz, Javier Duarte de Ochoa; do Presidente do COMCE, Valentín Díez Morodo, e do Secretário de Economia mexicano, Ildefonso Guajardo.
Durante a sua intervenção, Rebeca Grynspan destacou a importância de que a comunidade se emprenhe “numa estratégia para o crescimento e para a prosperidade”. Com o “enquadramento econômico atual, sim dúvida muito menos favorável do que há uma década”, o objetivo é que essa estratégia “leve os nossos países por um caminho de mais prosperidade, mais equidade, mais segurança e sustentabilidade”, apontou.
A península ibérica está a recuperar-se de uma crise, enquanto que a América Latina entrou em desaceleração, apesar da região “ter hoje melhores instrumentos” do que no passado para a enfrentar, é necessário “seguir com prudência as políticas macroeconômicas”.
Além disso, destacou a importância de implementar “políticas de desenvolvimento produtivo que permitam o combate à informalidade, à diversificação produtiva e à integração das empresas ibero-americanas nas cadeias globais de valor”.
Apesar das grandes empresas latino-americanas se terem internacionalizado nos últimos anos, “precisamos de integrar as pequenas e médias empresas (nesse processo), que representam 90% do emprego da região”, indicou Grynspan.
O objetivo é “criar os empregos de qualidade como base do desenvolvimento inclusivo”. Também “necessitamos de mais talento, ou seja, mais e melhor educação e logística para que as empresas possam fechar o fosso de produtividade que temos com os países em desenvolvimento”, acrescentou.
“Realizamos a nossa tarefa macro muito bem, mas falta-nos entrar com maior profundidade na tarefa microeconômica, precisamos de voltar a pensar na produtividade da empresa” e aumentar as capacidades dos recursos humanos para poder dar esse salto, insistiu.
Por isso, apelou à promoção de um debate entre o setor público e o setor privado sobre como fazer essas políticas de desenvolvimento produtivo, o que requer “paciência dos atores e confiança nos processos”, afirmou.
Durante o encontro, que será encerrado no domingo, 7 de dezembro, pelo Presidente mexicano, Enrique Peña Nieto e pelo Rei Felipe VI, os empresários debaterão um amplo leque de temas, entre eles inovação, competitividade, capital humano e energias alternativas.
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