Antecedentes
A Iniciativa Instituto Ibero-americano de Línguas Indígenas (IIALI) tem sua origem na XXVII Cimeira Ibero-americana de Chefes de Estado e de Governo, realizada em Andorra em 2021, e nasce com o objetivo de fomentar o uso, a conservação e o desenvolvimento das línguas indígenas faladas na América Latina e o Caribe, apoiando as sociedades indígenas e os Estados no exercício dos direitos culturais e linguísticos.
A Iniciativa adota, entre outros, os princípios do Convênio 169 da OIT, a Declaração das Nações Unidas sobre Direitos dos Povos Indígenas e a Declaração de Los Pinos, aprovada no evento de alto nível convocado pela UNESCO e pelo Governo do México em 2020 sob o lema ¨Nada sem nós¨.
Esta declaração reconhece a importância das línguas indígenas para a coesão e a inclusão social, os direitos culturais, a saúde e a justiça; destaca a utilidade das línguas indígenas para o desenvolvimento sustentável e a preservação da diversidade biológica, já que acarreta conhecimentos ancestrais e tradicionais que unem a humanidade com a natureza. E insiste nos direitos dos Povos Indígenas à educação em seu idioma materno e à participação na vida pública utilizando seus idiomas, como requisitos prévios para a sobrevivência dos idiomas indígenas, muitos dos quais estão, atualmente, à beira da extinção.
Num princípio, participam na Iniciativa 9 países: Bolívia, Equador, Paraguai, Panamá, México, Colômbia, Nicarágua, Guatemala e Peru, além do Fundo para o desenvolvimento dos povos indígenas (FILAC).