No ato de abertura intervieram, além da secretária geral ibero-americana, Rebeca Grynspan, os ministros de Assuntos Exteriores da Espanha e de Portugal, Alfonso Dastis e Augusto Santos; e de Educação, Cultura e Eportes da Espanha, Íñigo Méndez de Vigo; o diretor da Real Academia Espanhola da Língua, Darío Villanueva, e a diretora do Instituto Internacional da Língua portuguesa, Marisa de Mendonça.
Para começar, a Secretária Geral ressaltou que a língua é, junto à cultura, um dos eixos centrais da Comunidade Ibero-Americana, “uma comunidade que não se trata de uma construção moderna nem de uma invenção de governos”, e insistiu em que o encontro “vem dar cumprimento a um dos mandatos emanados da passada Cúpula Ibero-Americana de Cartagena das Índias”, desde onde se encomendou “impulsionar iniciativas sobre bilinguismo”.
Por sua parte, o Ministro Dastis sublinhou a importância de impulsionar a Comunidade Ibero-Americana através do bilinguismo, entendendo que a língua é “um veículo de cultura, de civilização e de progresso” e recordando, da mesma forma que a Secretária-Geral, que eventos desta natureza cumprem o mandato em matéria de educação da Declaração da XXV Cúpula Ibero-Americana celebrada no passado ano em Cartagena das Índias, e “servem para reforçar os substratos históricos, culturais, morais e educativos que permitirão uma vinculação mais estreita com nossas sociedades no umbral do século XXI”.
Ainda assim, o Ministro Méndez de Vigo destacou a irmandade cultural entre a Espanha e Portugal e recordou que ambos países foram, historicamente, de mãos dadas em sua expansão linguística, cultural e econômica, e acrescentou que “na Espanha estamos aprendendo a quantificar o valor de uma língua que transcende fronteiras”, ao considerar que não se trata de “uniformizar” os idiomas senão de “expandir laços”.
O chanceler português, Augusto Santos, advogou para que as duas nações promovam o ensino da língua do outro no sistema de educação, e pediu esforços para que estes idiomas sejam mais utilizados na divulgação científica e na inovação.
“O espanhol e o português estão entre as cinco línguas mais usadas na internet, são línguas demograficamente vivas, são instrumentos de comunicação muito próximos entre si, mas também línguas globais, sendo duas das mais faladas e internacionalizadas no mundo contemporâneo”, acrescentou.
A programação do Simpósio contou com a partipação de diversas personalidades do mundo acadêmico e com um grupo musical que apresentou diferentes composições ao longo do evento.
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