Desde a Secretaria Geral Ibero-americana, uma das principais orientações que vieram a se desenvolver, é a revalorização da contribuição que as pessoas afro-descendentes realizaram e realizam à identidade ibero-americana. Para isso, uma das tarefas considerada prioritária foi a de contribuir a dar visibilidade ao movimento organizado da sociedade civil afro-descendente.
Com este fim, durante os dias 29 e 30 de novembro de 2016, foi apresentado no Centro de Formação da Cooperação Espanhola de Cartagena de Índias o Relatório sobre as Organizações da População Afro-descendente da América Latina 2016.
A publicação, elaborada pela consultora Dª Silvia B. García Savino, efetua-se no contexto da Década Internacional para as Pessoas Afro-descendentes (2015-2024) e desde um enfoque de atualização do caderno “Atualidade Afro-descendente na Ibero-América. Estudo sobre organizações civis e políticas de ação afirmativa” de 2009.
O Relatório é o resultado de um trabalho de busca e contato de organizações afro-descendentes, no que se conseguiu sistematizar mais de 200 formulários que serviram de base para a análise. Ressalta-se no documento que as organizações sofrem problemas similares porque a população afro-Latino-americana enfrenta situações parecidas, com algumas diferenças nacionais e regionais.
Resulta claro que as exclusões relacionadas com raça, etnia, cor de pele e outras excedem o nível de ingresso, e se impulsionam no caso de sua combinação com outras formas de exclusão, particularmente com a pobreza. Muitos desafios ficam ainda por diante no empenho por alcançar uma comunidade ibero-americana mais inclusiva e com coesão para todos e todas.
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