No dia de hoje, 18 de março, teve lugar em Madri o ato de apresentação do Foro Conhecimento, Inovação e Sustentabilidade, organizado pela embaixada de Andorra na Espanha e a Secretaria-Geral Ibero-americana (SEGIB), através do Espaço Ibero-americano do Conhecimento.
O Foro foi concebido como um espaço de diálogo e intercâmbio de experiências em torno ao lema da próxima Cúpula Ibero-americana de Chefes de Estado e de Governo “Inovação para o Desenvolvimento Sustentável – Objetivo 2030”, a se desenvolver em Andorra, em 2020.
Junto ao ministro de Economia, Competitividade e Inovação de Andorra, Gilbert Saboya, e o secretário de Estado de Educação da Espanha, Alejandro Tiana, a secretária-geral ibero-americana, Rebeca Grynspan, afirmou que a Ibero-América “não pode ficar de braços cruzados no desenvolvimento da inovação” e pediu à região ser mais proativa para “controlar as mudanças” que se estão dando tanto no meio ambiente como nas sociedades.
“Está nos custando processar as mudanças, neste mundo que vai envelhecendo, onde já vemos como a mudança climática força migrações massivas, onde estamos muito mais polarizados como sociedade e nos custa muito mais encontrar um lugar comum para criar um projeto de sociedade”, expôs a secretária.
Outrossim, instou também a eliminar “a visão do curto prazo” de governos e sociedade para “não correr o risco de abrir os olhos em dez anos e encontrar um mundo que não sabemos manejar, com um meio ambiente que não podemos controlar”.
Por sua parte, o ministro de Andorra assegurou que as dimensões do principado, com menos de 500 quilômetros quadrados de território e algo mais de 70.000 habitantes, pode ser uma “vantagem” para “implementar e integrar” políticas de inovação.
Nesse sentido, Saboya reivindicou as ações do governo andorrano que apostam pela inovação “como eixo de competitividade” para a economia do principado e assinalou a necessidade de trabalhar “em rede” na Ibero-América para avançar nesta matéria.
O secretario de Estado de Educação da Espanha insistiu na necessidade de que os países digitalizem seus sistemas educativos, assim como que os façam “sustentáveis”.
“O grande desafio que nossos sistemas têm não é incorporar os aparelhos tecnológicos nem assegurar a conectividade das escolas, senão insertar as instituições educativas na sociedade digital, não tanto usar os instrumentos digitais senão incorporá-los à dinâmica da sociedade digital”, opinou.
Tiana chamou também a atenção para a “importância da educação dos pequeninos” “nos sistemas de educação e de cuidados”, assim como de formar os mais jovens em assuntos de sustentabilidade, introduzindo estas questões nos currículos educativos e formando os docentes.
As conclusões obtidas neste foro serão tidas em conta na XXVII Cúpula Ibero-americana de presidentes e chefes de Estado que se celebrará em Andorra, em 2020.
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