O Laboratório de Inovação Cidadã, LABIC, foi concluído hoje após 5 dias de intenso trabalho dos 5 grupos participantes. A Universidade da Corunha (UDC) sediou desde a última sexta-feira, 13 de setembro, até hoje o LABIC_ES, Laboratório Ibero-Americano de Inovação Cidadã, coproduzido com a Divisão de Inovação Pública e Cidadã (DIPyC) da Secretaria-Geral Ibero-Americana (SEGIB) e com o apoio da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID).
Esta iniciativa tem como objetivo responder ao apelo da Organização Mundial de Saúde (OMS) para melhorar a qualidade de vida das pessoas idosas por meio da promoção da saúde e da prevenção de doenças.
Durante estes dias, as equipes – de 5 pessoas cada – procedentes de 9 países ibero-americanos (Argentina, Colômbia, Costa Rica, Espanha, Guatemala, México, Peru, República Dominicana e Uruguai), trabalharam no desenvolvimento de propostas inovadoras sobre a saúde e o bem-estar das pessoas idosas, tendo em conta as diferentes dificuldades que elas enfrentam em sua vida cotidiana.
“Os Laboratórios de Inovação Cidadã (LABIC) são valiosíssimos pontos de colaboração nos quais as ideias das e dos cidadãos se materializam em soluções transformadoras para problemas específicos, fazendo o melhor uso da tecnologia – como vimos hoje. Celebro que o foco do laboratório desta semana tenha sido a saúde e o bem-estar das pessoas idosas. Ainda há muito a fazer pelos governos, pela cidadania e pelas organizações internacionais para melhorar a qualidade de vida das pessoas idosas, continuemos aprofundando estes espaços de inovação para juntos imaginarmos e articularmos respostas aos problemas e desafios das nossas populações”, afirmou a Secretária para a Cooperação Ibero-Americana, Lorena Larios.
Dessa forma, um grupo promoveu a iniciativa Pulsus, uma plataforma de análise de dados que monitoriza os hábitos de vida das pessoas idosas nas suas casas, alertando para possíveis emergências e prevenindo riscos. Neste caso, o trabalho de campo revelou uma conclusão importante, que é a de que esta plataforma deveria ser dirigida mais às pessoas próximas ou familiares do que às próprias pessoas idosas, pois permitiria detectar casos de emergência e enviar alertas quando necessário.
No caso da iniciativa Sono by Ardora, o objetivo foi criar uma cama sensorial para o beneficiário que permite, por meio de sensores, detectar movimentos e estímulos que melhorem a sua qualidade de vida, como a música ou a iluminação.
O projeto Avia concentra seus esforços na criação de modelos preditivos baseados em IA para melhorar as políticas de saúde das pessoas idosas em Reconquista, Santa Fé (Argentina). O objetivo deste desenvolvimento tecnológico é poder prever a perda de autonomia de uma pessoa com antecedência suficiente. Com isso, seria possível reduzir custos com assistência médica, otimizar recursos e melhorar a qualidade de vida.
Para o grupo promotor da Diligenter, a chave para estes dias foi conseguir aperfeiçoar o seu protótipo de órtese ligado a uma plataforma que monitoriza a área lesionada 24 horas por dia, avaliando o progresso e reportando posturas incorretas. Depois de diversos testes nos dias de hoje, uma das melhorias necessárias é conseguir um produto mais confortável e funcional.
Por último, o grupo do projeto AMAR (Adultos Mayores Activos y Reconocidos) propôs, por meio de uma plataforma digital inovadora, ter como objetivo conectar pessoas interessadas em promover os seus serviços de forma fácil e eficiente junto da sua comunidade mais próxima. Durante o tempo de laboratório, foram constatadas as diferenças de interesse entre os territórios. Assim, por exemplo, enquanto alguns dos consultados queriam dedicar o seu tempo ao voluntariado e à oferta da sua experiência à comunidade, noutras áreas o objetivo era ter uma fonte extra de rendimento.
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