Quarenta líderes e profissionais indígenas e não indígenas graduaram-se recentemente na 13° edição do Título de Especialista em Povos Indígenas, Direitos Humanos e Cooperação Internacional, uma formação emoldurada no Programa de Educação “Universidade Indígena Intercultural” (UII), do Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e o Caribe (FILAC), ministrado presencialmente na universidade Carlos III de Madri com o auspício da Cátedra Indígena da UII e financiado pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), a Secretaria-Geral Ibero-americana (SEGIB) e os Governos do México e do Chile.
O ato de graduação se iniciou com uma invocação espiritual indígena a cargo dos alunos desta pós-graduação, seguida das palavras da presidenta do Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas (FILAC), a chefa do departamento de Cooperação com Países Andinos e o Cone Sul da AECID, Laura Oroz Ulibarri, o codiretor do título Daniel Oliva Martínez, o coordenador da área de coesão social e Cooperação Sul-Sul da SEGIB, Martín Rivero; a embaixadora do México na Espanha, Roberta Lajous, o representante indígena do Chile perante o FILAC, Wilson Reyes e Carmen Albertos Ceano-Vivas, especialista principal em Povos Indígenas e Diversidade do BID.
13 anos formando expertos indígenas
A pós-graduação, impulsionada pela Universidade Indígena Intercultural (UII) leva 13 anos formando especialistas indígenas com o respaldo e valoração positiva de todos os participantes da organização e desenvolvimento, entre eles as e os especialistas indígenas que participaram nas atividades de avaliação.
Formação para lutar pelos direitos indígenas
O título de Especialista em Povos Indígenas proporciona uma formação integral e de um alto valor curricular e prático a licenciados, graduados, diplomados ou líderes indígenas da região latino-americana e caribenha, para que estes possam assumir responsabilidades de liderança em suas comunidades e organizações com a capacitação e conhecimentos técnicos necessários para intervir com garantias de êxito nos processos de negociação sobre direitos dos Povos Indígenas que se desenvolvem em diferentes âmbitos nacionais e internacionais, assim como sua implementação.
Os conhecimentos adquiridos nesta formação apoiarão a incidência em seus países de origem na promoção de políticas, programas e ações em benefício dos mais de 50 milhões de indígenas que habitam na região.
O programa contemplou uma fase virtual introdutória a cargo do FILAC. Na fase presencial foram abordados seis módulos, indicados a continuação:
- Módulo Propedêutico,
- Cátedra Indígena:
- Decolonialidade do conhecimento e do Desenvolvimento,
- Mecanismos Internacionais para a Proteção dos Direitos dos Povos Indígenas,
- Cooperação Internacional e Povos Indígenas,
- Direitos da Mulher e Juventude Indígena,
- Indicadores de Direitos Coletivos para a Incidência.
- Esta pós-graduação foi complementada com visitas institucionais e de carácter cultural a entidades públicas, empresas, partidos políticos, atores da sociedade civil, meios de comunicação, museus ou fundações de caráter cultural.
O título incorpora um claustro de professores de grande prestígio que inclui pesquisadores universitários, juristas especializados em litígios internacionais sobre direitos indígenas, cooperantes com experiência no terreno, líderes e profissionais integrantes da Cátedra Indígena da UII, funcionários da Cooperação Espanhola e de organismos internacionais, entre outros.
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