Lorena Larios: “É imperativo integrar a perspectiva de gênero nos marcos normativos internacionais para que as vozes das mulheres sejam plenamente ouvidas”

A Secretária para a Cooperação Ibero-Americana, Lorena Larios, destacou o papel vital que as mulheres desempenham na conservação e uso sustentável da biodiversidade, durante o encontro ibero-americano de organizações de mulheres, feministas e indígenas da América Latina e do Caribe para a 16ª reunião da Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica.

A Secretária para a Cooperação Ibero-Americana, Lorena Larios, reafirmou nesta terça-feira o compromisso da Secretaria-Geral Ibero-Americana (SEGIB) de trabalhar junto aos países ibero-americanos para garantir que o papel das mulheres na conservação da biodiversidade “seja valorizado e celebrado como um pilar indispensável para o presente e o futuro do planeta”.

“As mulheres, em particular as mulheres indígenas, não apenas têm sido as guardiãs da biodiversidade mundial, mas seus conhecimentos e práticas sustentáveis são essenciais para enfrentar as crises ambientais que ameaçam nosso planeta. No entanto, essas mesmas mulheres continuam enfrentando profundas desigualdades estruturais que limitam sua participação na tomada de decisões, tanto a nível geral quanto na conservação da diversidade biológica”, destacou Larios durante a Reunião Ibero-Americana de organizações de mulheres, feministas e indígenas da América Latina e do Caribe, realizada em Cartagena das Índias, Colômbia.

Por isso, a Secretária para a Cooperação sublinhou que “é imperativo integrar a perspectiva de gênero nos marcos normativos internacionais, para assegurar que as vozes das mulheres, essenciais para a conservação e uso sustentável da biodiversidade, sejam plenamente valorizadas e ouvidas em todos os níveis de decisão”.

Larios lembrou que a SEGIB promove uma série de iniciativas que promovem os direitos das mulheres para facilitar, entre outras coisas, uma maior participação política, um melhor acesso a recursos, a prevenção da violência, a redução das desigualdades e da disparidade de gênero.

Ela mencionou, entre outras iniciativas, o apoio oferecido pela SEGIB para a elaboração do relatório “Sistema de Monitoramento Paritário em Acompanhamento à Implementação da Recomendação Geral Nº 39 da CEDAW e a Medição dos Indicadores do Capítulo Indígena do Consenso de Montevidéu sobre População e Desenvolvimento com Ênfase em Mulheres e Meninas Indígenas”, que fornece um instrumento para monitorar os direitos das mulheres e meninas indígenas, abrangendo áreas-chave como o acesso à justiça, proteção contra a violência, participação política e direitos sobre a terra e o meio ambiente.

A Reunião Ibero-Americana de organizações de mulheres, feministas e indígenas da América Latina e do Caribe antecede o IV Encontro de Altas Autoridades de Governo e Povos Indígenas, organizado pelo Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e do Caribe (FILAC) e a Secretaria-Geral Ibero-Americana (SEGIB), no qual serão analisados os desafios que os Estados enfrentam em relação à implementação do Plano de Ação para os Direitos dos Povos Indígenas, aprovado em 2018.

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