A transformação digital das p&mes ibero-americanas em tempos de COVID-19

Especialistas ibero-americanos em digitalização e representantes de instituições públicas e privadas da Ibero-América, analisaram as necessidades e o futuro da transformação digital nas p&mes ibero-americanas.

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Especialistas ibero-americanos em digitalização e representantes de instituições públicas e privadas da Ibero-América, analisaram ontem as necessidades e o futuro da transformação digital nas p&mes ibero-americanas, as dificuldades e a incorporação de tecnologias digitais, a implicação da digitalização nos processos produtivos e nos novos modelos de negócio, especialmente na situação atual derivada da COVID-19, entre outros assuntos.

Na jornada: “A transformação das p&mes ibero-americanas em tempos da COVID-19”, organizada pela Secretaria-Geral Ibero-americana-SEGIB em colaboração com a AGCID Chile, o Conselho de Empresários Ibero-americanos-CEIB e a Federação Ibero-americana de Jovens Empresários-FIJE, intervieram a secretária-geral Ibero-americana, Rebeca Grynspan; o diretor da Agência de Cooperação Internacional, Juan Pablo Lira Bianchi; o diretor geral da CEOE Internacional e secretário permanente do CEIB, Narciso Casado; o secretário geral da Indústria e P&me do Governo da Espanha, Raúl Blanco; o diretor Executivo da FINTECHILE, Ángel Sierra; a vice presidenta do COPARMEX Jovens no México, Rocío Aguiar; o subsecretário de Economia do Governo do Chile, Esteban Carrasco Zambrano, e o diretor da Comissão de Transformação Digital de CEOE, Julio Linares, entre outras personalidades. As conclusões finais do encontro correram a cargo do responsável de Economia e Empresas da SEGIB, Pablo Adrián Hardy; e do secretário geral da FIJE, Antonio Magraner.  A jornada foi moderada pelo responsável de Empreendimento e P&mes, Esteban Campero, e clausurada pelo vice presidente da CEOE e presidente da CEP&ME, Gerardo Cuerva.

O Foro serviu, além disso, para apresentar as conclusões de um recente relatório de política pública sobre este tema, elaborado pela SEGIB, através do Fundo de Cooperação do Chile, com base nas experiências de países como a Argentina, o Chile, a Colômbia, o México, Portugal e a Espanha, e em resposta a duas questões fundamentais relativas às caraterísticas das iniciativas públicas de apoio e ao trabalho que as organizações empresariais desenvolvem para potenciar a transformação digital nas p&mes.

Durante a inauguração, o diretor da AGCID assegurou que antes imaginávamos robôs e tecnologias e, nos últimos tempos, especialmente por causa da pandemia, foi desencadeada uma aceleração exponencial da digitalização. “A comunicação entre humanos e máquinas gerou sistemas ciberfísicos, o que deu lugar à revolução industrial 4.0”, insistiu.  Portanto, as p&mes neste contexto se encontram perante o desafio de se adaptarem ou morrer, para poder  fazer frente à concorrência nos mercados e não ficar excluídas digitalmente.

Perante esta situação, foi inicializada em muitos países, a articulação entre as p&mes, o setor público, as grandes empresas, universidades ou centros de pesquisa para chegar mais longe.

Por sua parte, o diretor geral da CEOE Internacional e secretário permanente do Conselho de Empresários Ibero-americanos (CEIB), destacou que se está trabalhando em coordenação com a Organização Internacional de Empregadores (OIE) para sair juntos desta situação tão excepcional, que alguns denominaram a “crise do grande isolamento”. Para isso, foram ativados mecanismos de resposta que incluem desde a adopção de medidas de caráter económico à inicialização de iniciativas solidarias e sociais. 

Desde o setor privado e os governos ibero-americanos “necessitamos trabalhar de forma conjunta, impulsando a colaboração público-privada, para garantir o acesso à infraestrutura necessária para implementar a digitalização em toda nossa Região”, sublinhou. Neste sentido, destacou também o trabalho conjunto do CEIB, da SEGIB e da FIJE no desenvolvimento de distintas atividades nestes últimos 3 meses para  fazer “mais Região, mais Ibero-América”.

Ainda assim, a secretária-geral Ibero-americana, Rebeca Grynspan, assegurou que tem de haver uma nova conversação entre a política, a empresa e a sociedade, devem ser alavancados os espaços multiator e revalorizar o que é público como os aportes coletivos e não só o que é estatal. Informou também que quando começou o estudo explodiu a crise da Covid-19, e, portanto, “quando acreditávamos ter todas as respostas, apareceram todas as perguntas”. Neste sentido, assegurou que a pandemia acelerou em 5 anos a transformação digital e, dado que, em sua opinião, os séculos não começam cronologicamente, esta crise marcou, sem dúvida, o verdadeiro começo do século XXI.

Neste sentido, a secretária Grynspan também insistiu em que o processo de recuperação dos países depende, em grande parte, da capacidade de sobrevivência do tecido produtivo. Por isso, o estudo realizado em 7 países ibero-americanos se centrou em três linhas gerais: as caraterísticas das iniciativas públicas em matéria de transformação digital, em quê contribuíram as organizações empresariais neste âmbito e qual é o principal desafio neste processo de transformação. Por outro lado, sublinhou a importância de implicar o setor privado no projeto das políticas públicas e enfatizou na necessidade de que estas sejam perduráveis no tempo.

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