Altos representantes de organismos internacionais e bancos de desenvolvimento participaram, no passado dia 29 de janeiro, no marco do primeiro Foro de Davos virtual, em um debate organizado pela EFE sobre a recuperação das economias latino-americanas após a crise gerada pela pandemia de COVID-19.
O debate foi intitulado «Como conseguir que a América Latina tenha seu ‘Plano Marshall’ pós COVID-19?» e contou com a participação da secretária-geral ibero-americana, Rebeca Grynspan, junto a Alejandro Werner, diretor do departamento do Hemisfério Ocidental do FMI; Mario Cimoli, Comissão Econômica da ONU para a América Latina e o Caribe (CEPAL); Carlos Felipe Jaramillo, vice presidente do Banco Mundial para a América Latina; Pablo Sanguinetti, vice presidente do CAF-Banco de Desenvolvimento da América Latina e Mauricio Claver-Carone, presidente do BID.
Durante sua intervenção, a secretária Grynspan, insistiu na necessidade de um novo pacto social na América Latina para reforçar os serviços básicos e reduzir as crescentes desigualdades que a pandemia da covid-19 está deixando e poder afrontar a recuperação com uma gestão adequada.
Ainda, se referiu às duas ferramentas financeiras que a região necessita para voltar a crescer de forma inclusiva: por um lado, uma nova emissão de direitos especiais de giro e, por outro, uma nova ronda de empréstimos de emergência não condicionados do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Além das ferramentas financeiras, a secretária Grynspan insistiu na necessidade de avançar na integração da região começando com coisas mais “práticas” como por exemplo a colaboração entre o México e a Argentina para produzir a vacina da AstraZeneca.
Por sua parte, Alejandro Werner do Fundo Monetário expressou que “assim que a pandemia tiver terminado, a região terá de investir em infraestrutura orientada à mudança climática, e deverá fortalecer seus sistemas de educação e segurança social”.
Do mesmo modo, Carlos Felipe Jaramillo do Banco Mundial ressaltou que o continente deve buscar oportunidades no digital, no verde e na inovação.
O debate esteve moderado pela presidenta da Efe, Gabriela Cañas.
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