No marco da Cúpula do Clima COP25, a 3 de dezembro teve lugar a conferência “A Agenda 2030 e o Green New Deal na Ibero-América, cooperação e alianças para a transição ecológica”.
Participaram no evento a secretária-geral ibero-americana, Rebeca Grynspan, a ativista brasileira Paloma Costa, o diretor de Oxfam Internacional, José María Vera, e o diretor da Fundação Carolina, José Antonio Sanahuja.
Durante sua intervenção, a secretaria Grynspan assegurou que o mundo está afrontando a crise climática com “instituições do século XIX” e pediu que se faça uma “transição” em ditas instituições posto que “a transição socioecológica, para ser efetiva deve ser justa”.
Ainda, destacou a necessidade de “uma mudança de modelo, uma profunda transição socioecológica, que implica governos, empresas, cidadania, e instituições de todos os setores” uma vez que “ainda trabalhamos com as instituições do século XIX para abordar os desafios do XXI”.
Finalmente, recordou a necessidade de gerar alianças, já que, segundo suas palavras “são fundamentais, cada um de nós atuando isoladamente não vamos poder mudar o modelo”.
Por sua parte, o diretor da Oxfam explicou que a “América Latina é uma das regiões mais afetadas pelos efeitos atuais da mudança climática” especificando que “se a temperatura sobe por cima dos 2,5 graus, a região estaria perdendo 1,5% do Produto Interior Bruto (PIB)”, e neste sentido “fazem falta fundos para a mitigação, mas fazem falta recursos e apoios para a adaptação, as perdas e os danos”.
Assim, os oradores insistiram na necessidade de conseguir gerar uma “transição ecológica justa” tendo em conta a desigualdade entre aqueles que emitem mais e aqueles que sofrem mais as consequências.
Finalmente, o diretor da Fundação Carolina recordou que “o ciclo das matérias primas que terminou na América Latina permitiu avanços, mas deixou franjas de população em situação de vulnerabilidade”.
Para encerrar, a ativista brasileira Paloma Costa pediu aos líderes e à sociedade que atue já para frear a crise climática. “Sempre escutei sobre a participação cidadã, mas como vamos a fazer isso? Eu sou ativista porque em meu país há muitos negacionistas”, exclamou, e explicou que na organização Engajamundo fazem um trabalho sobre educação ambiental em zonas rurais e urbanas.
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