No dia de ontem, terça-feira, 10 de novembro, deu início a Semana da Inovação Pública. Um evento virtual que se desenvolverá até o dia 13 de novembro no marco da XXVII Cimeira Ibero-americana, a se realizar em abril de 2021, em Andorra.
No contexto da cimeira, e sob o lema “Inovação para o desenvolvimento sustentável – Objetivo 2030” esta semana da Inovação Pública resulta totalmente pertinente, comentou durante a inauguração Maria Ubach, ministra de Assuntos Exteriores de Andorra, e acrescentou que o país pensou neste lema com o fim de “colocar a inovação tecnológica ao serviço da sustentabilidade, identificando oportunidades e riscos de maneira que a mudança seja um acelerador para alcançar os ODS”.
“A inovação já não é um setor, senão uma habilidade” continuou dizendo, e acrescentou que “a inovação pública deve ter um papel central para fazer frente à mudança climática, à boa governança, à igualdade de gênero, à desigualdade econômica, à paz, à justiça, ao trânsito rumo a hábitos de consumo sustentáveis, tudo isso criando um novo marco de relação entre governo e cidadania” e insistiu que “a inovação não é inerente unicamente ao setor privado” e a administração pública “tem muito terreno de inovação em serviços e políticas”, e ainda mais neste contexto de pandemia.
Por sua parte, Jolita Butkeviciene, diretora para a América Latina e o Caribe da Direção Geral de Cooperação Internacional e Desenvolvimento da Comissão Europeia, comentou que desde a União Europeia (EU) viram a necessidade de flexibilizar o tipo de cooperação entre a EU e a América Latina para se adaptar mais às necessidades da região. Nesse sentido, nasceu a colaboração da UE com a SEGIB em diferentes projetos, um deles o denominado Inovação Cidadã. Graças a isso, entre outras coisas, a UE considera que as alianças geradas com a América Latina no marco da nova cooperação são vitais para lutar contra a crise econômica mundial que estamos enfrentando.
Do mesmo modo, Cristina Gallach, secretária de Estado de Assuntos Exteriores para a Ibero-América e o Caribe da Espanha, recordou a importância das alianças, a cooperação triangular e as novas parcerias público-privadas para a nova cooperação, uma cooperação mais flexível e com maior impacto. Nesse sentido, enfatizou que “uma aproximação inovadora é necessária” posto que o modelo tradicional já não serve, e “existe uma urgência de transformação para fazer frente aos grandes desafios ambientais, sociais, econômicos e de governança que temos como região ibero-americana”. Existe uma urgência de inovar desde o público e a Ibero-América é o marco perfeito para fazê-lo.
Finalmente, para encerrar, a secretária-geral ibero-americana, Rebeca Grynspan agradeceu a participação das mulheres líderes com as quais compartilhou o painel, um grupo de mulheres de muito alto nível que representam a mudança que está se realizando na administração pública.
Ainda assim, acrescentou que esta semana, “mais que uma semana de reflexão, mais que uma semana de aprendizado” será uma semana de trabalho para “aproveitar as ferramentas que a inovação nos brinda para estender pontes entre setores, para conseguir soluções eficientes e rápidas, para aproveitar o talento de nossas empresas, nossos governos e nossa cidadania” e nesse sentido, o Espaço Ibero-americano é um “amplo ecossistema de atores multinível e multidimensional que representa uma valiosa plataforma para o impulso de alianças estratégicas entre o setor público e a cidadania”. Para terminar, comprometeu-se a levar à XXVII Cimeira Ibero-americana este encontro com a inovação pública, para que seja parte permanente do calendário das próximas cúpulas.
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