A Ibero-América trabalha rumo a um pacto digital para fechar brechas e apoiar a recuperação pós pandemia

A secretária-geral ibero-americana, Rebeca Grynspan, participou no evento “Ibero-América transformação digital NOW” onde expressou a necessidade de que a recuperação pós pandemia integre as tecnologias digitais na produtividade e ajude a resolver a brecha digital.

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Entre 29 de setembro e 1º de outubro realiza-se o evento virtual de transformação digital “Ibero-América transformação digital NOW“.

No evento, organizado pela Secretaria-Geral Ibero-americana (Segib), pelo Observatório Regional de Banda Larga (ORBA) da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), pelo CAF – Banco de Desenvolvimento da América Latina, pela Associação Interamericana de Empresas de Telecomunicações (ASIET), pela Comissão Técnica Regional de Telecomunicações (Comtelca) e pelo DPL Group, participaram oradores de alto nível e especialistas no tema a nível Ibero-americano.

A secretária-geral ibero-americana, Rebeca Grynspan participou na sessão de abertura onde afirmou que “a agenda digital se tornou, já não um tema de produtividade ou de crescimento econômico inclusivo, senão diretamente, se tornou um tema de sobrevivência”.

Além disso, expressou que a sociedade não poderá se recuperar dos estragos do novo Coronavírus nem manter a estabilidade econômica e democrática sem uma estratégia de transformação digital que seja parte da agenda de reconstrução do pacto social ibero-americano para gerar maior sustentabilidade e resiliência.

Expôs também que, durante a pandemia, “a Ibero-América pode sofrer uma histerese; ou seja, que os problemas de curto prazo se converterão em problemas de longo prazo”, incluídas a brecha digital e a falta de integração das tecnologias digitais nos processos produtivos. “O Coronavírus interage nos países da mesma maneira que com os corpos, aproveitando-se das precondições médicas, neste caso, socioeconômicas, para ampliar e exacerbar seu impacto. Na região tínhamos asma de informalidade, diabete de pobreza e problemas cardíacos de digitalização. Por isso, o impacto foi também tão duro“, assinalou.

Ao longo do ano, em uma época de confinamento social para mitigar a propagação da Covid-19, aprofundaram-se as desigualdades estruturais no acesso e uso das tecnologias, desde a Internet até dispositivos, que afetam, principalmente, a população que pertence aos quintis de menores ingressos, explicou a secretária Grynspan, e agregou que a mudança digital na região “não começa nem termina nas telas que nos conectam à Internet, senão que implica uma redefinição social, antropológica e política”.

Durante os três dias do evento tem lugar um intenso diálogo público-privado para alcançar a transformação digital em um cenário de recuperação econômica pós Covid-19.

Entre as principais temáticas que serão discutidas destacam:

  • Transformação digital e reativação econômica.
  • Da brecha social à brecha digital. O desafio das redes de banda larga para a inclusão.
  • Serviços estratégicos em um cenário pós Covid-19: educação, saúde, cultura, trabalho remoto, governo digital e inclusão financeira.
  • Como abordar a gestão territorial no novo entorno? Da smart city às cidades resilientes.
  • Rumo a uma agenda de cooperação digital inter-regional.
  • Indústria 4.0: digitalização e automatização dos processos produtivos, novas indústrias verticais e setores conectados.
  • O futuro da rede. Reimaginar a governança da Internet, mecanismos de colaboração entre stakeholders, a importância das redes e da inovação.

Todas as discussões podem ser vistas no canal de YouTube do evento.

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