Ibero-América promove e preserva as Línguas Indígenas na América Latina e no Caribe

A Iniciativa Ibero-americana Instituto Ibero-americano de Línguas Indígenas (IIALI) foi aprovada na XXVII Cimeira Ibero-americana de Chefes de Estado e de Governo, celebrada em Andorra em 2021. Esta iniciativa da Cooperação Ibero-americana reflete a vontade dos países membros de promover e preservar as línguas indígenas faladas na América Latina e no Caribe.

A Iniciativa Ibero-americana Instituto Ibero-americano de Línguas Indígenas (IIALI) foi aprovada na XXVII Cimeira Ibero-americana de Chefes de Estado e de Governo, celebrada em Andorra em 2021. Esta iniciativa da Cooperação Ibero-americana reflete a vontade dos países membros de promover e preservar as línguas indígenas faladas na América Latina e no Caribe.

O objetivo principal do Instituto Ibero-americano de Línguas Indígenas (IIALI) é fomentar o uso, a conservação e o desenvolvimento das línguas indígenas faladas na América Latina e no Caribe. As 500 línguas indígenas que ainda são faladas nestas zonas estão em situação de risco. Mais de 25% destas línguas estão em perigo de extinção, caso não sejam tomadas medidas. Cabe ressaltar que existem mais de 100 idiomas indígenas que constituem línguas compartilhadas ou transfronteiriças.

Esta iniciativa, que conta com o apoio do Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas (FILAC), congrega 9 países da Ibero-América: Bolívia, Equador, Paraguai, Panamá, México, Colômbia, Nicarágua, Guatemala e Peru. Todos eles reconhecem a importância das línguas indígenas para a coesão e inclusão social, os direitos culturais, a saúde e a justiça.

Além disso, destaca a utilidade das línguas indígenas para o desenvolvimento sustentável e a preservação da diversidade biológica, já que acarreta conhecimentos ancestrais e tradicionais que unem a humanidade com a natureza. Na mesma linha, insiste nos direitos dos povos indígenas à educação em sua língua materna e a participar na vida pública utilizando suas línguas. Por esta razão, o IIALI brindará assistência técnica na formulação e implementação de políticas linguísticas e culturais para os povos indígenas.

A Iniciativa se dirige, no âmbito público, às entidades nacionais reitoras dos direitos dos Povos Indígenas, em particular, às que velam pelos direitos culturais e linguísticos. Assim também, está dirigida às instituições educativas, organismos públicos e entes governamentais para brindar assistência técnica e formação aos seus trabalhadores/as. Enquanto no âmbito privado, beneficiará as organizações indígenas que representam os interesses dos falantes de línguas indígenas de povos separados pelas fronteiras nacionais, comunidades cujos idiomas se encontram em maior risco e organizações de mulheres indígenas.

 

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