Presidentes das agências de acreditação do ensino superior na Ibero-América, reunidos na sede da Secretaria-Geral Ibero-Americana (SEGIB) em Madri, criaram hoje o Sistema Ibero-Americano de Garantia da Qualidade do Ensino Superior (SIACES), a fim de fortalecer a colaboração e estabelecer critérios compartilhados para acreditação e titulação.
A garantia de qualidade é um dos pilares para o reconhecimento de períodos de estudo e diplomas a nível regional, contribuindo de forma decisiva para promover a mobilidade acadêmica e a circulação de talentos na Ibero-América.
A carta constitutiva da SIACES, que foi assinada na presença da secretária-geral ibero-americana, Rebeca Grynspan, também procura reduzir as desigualdades nos diferentes sistemas educativos ibero-americanos.
O SIACES nasce com a vocação de se tornar a organização de cúpula dos sistemas nacionais de acreditação da Ibero-América e de, além da cooperação, promover a difusão de boas práticas e de conhecimentos especializados.
Grynspan destacou que a iniciativa resulta dos mandatos da Cúpula Ibero-Americana: “Na Cúpula de Veracruz, recebemos o mandato para impulsionar a mobilidade acadêmica e promover a acreditação e o reconhecimento mútuo dos títulos. Em Cartagena, o marco ibero-americano de mobilidade se materializa, Campus Ibero-América, que lançamos na Cúpula da Guatemala em novembro de 2018.”
A constituição do SIACES, que será presidido por Néstor Pan, diretor da Comissão Nacional de Avaliação e Acreditação Universitária da Argentina (CONEAU), é o resultado de dois anos de trabalho técnico e de consulta que, desde 2016, a SEGIB realiza com governos e universidades.
Para isso, a SEGIB contou com um grupo de trabalho em que participaram ativamente a CONEAU, a Agência Espanhola de Avaliação da Qualidade e Acreditação (ANECA), o Conselho para a Acreditação do Ensino Superior (COPAES) do México, o Conselho Centro-Americano de Acreditação (CCA), o Conselho para a Garantia da Qualidade do Ensino Superior (CACES) do Equador e da Comissão Nacional de Acreditação (CNA) do Chile.
Adicionalmente, também participaram agências de acreditação de Andorra e de Portugal, o Conselho Superior Universitário Centro-Americano e outros diretores e especialistas do âmbito universitário.
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