O Embaixador Ibero-Americano da Cultura, Carlinhos Brown, celebrou nesta quarta-feira, 19 de julho, o Dia da Ibero-América, a diversidade cultural, linguística e geográfica que une os 22 países da região, durante o “Ibero-América Dialoga“, um diálogo e encontro musical organizado pela Secretaria-Geral Ibero-Americana, em colaboração com a Casa de América e o apoio da AECID. O objetivo: valorizar o conjunto de afinidades históricas e culturais que compõem a Comunidade Ibero-Americana, defendendo a união e o desenvolvimento baseado no diálogo, na cooperação e na solidariedade.
O artista brasileiro dialogou com a cantora, poetisa e musicóloga peruana Mariella Köhn e com a cantora espanhola Sole Giménez sobre a música, a arte e a importância da cooperação para promover a cultura, o conhecimento e a coesão social, chaves do trabalho da SEGIB para consolidar os direitos dos mais de 600 milhões de ibero-americanos.
Brown, que foi nomeado Embaixador Ibero-Americano da Cultura em 2018 por representar os valores de solidariedade, pluralidade e respeito pela diversidade na Ibero-América, relembrou o processo transformador que a música teve tanto na sua vida quanto no bairro do Candeal, em Salvador (Bahia), onde cresceu e fundou a Associação Pracatum, que oferece educação e cultura para promover a transformação socioeconômica da comunidade.
“A Cultura não pode ser o privilégio de nenhuma etnia, nem classe social. É de todos!”, afirmou Brown, quem levou o ritmo de sua percussão até o cenário com Mariella Köhn e Soledad Giménez.
O evento foi inaugurado pelo Diretor de Programação da Casa de América, Luis Prados, e pelo Secretário-Geral Ibero-Americano, Andrés Allamand, que destacou como os artistas em cena representam a essência da cultura ibero-americana.
“Uma realidade que é a América, é Europa e é África; que se ouve em espanhol, em português e nas línguas dos povos originários; uma realidade e identidade que é tradição, vanguarda e inovação. É também uma cultura que está na voz de mulheres e homens comprometidos com a construção de uma sociedade melhor a partir de tudo o que nos unem e nos identifica”, afirmou.
Prados, por sua vez, ressaltou que o Dia da Ibero-América é uma celebração para destacar e compartilhar os valores que definem aqueles que fazem parte da região: “A Ibero-América está viva e continuaremos comprometidos com o seu desenvolvimento e crescimento, em um espaço que nos torna tão diferentemente iguais, e onde acontece a mágica do ibero-americano”.
Ibero-América futuro. Supercomputação e ética
Além da atividade com Carlinhos Brown, também aconteceu, na Casa América, o debate “Ibero-América Futuro”, um ato que pretende será institucionalizado, a partir deste ano, todo dia 19 de julho, Dia da Ibero-América, para criar um espaço de reflexão durante essa jornada sobre temas de vanguarda da ciência escrita e pensada na região.
Nesta primeira ocasião, o tema foi “Supercomputação e Ética”, e contou com a participação de Mateo Valero, diretor do Barcelona Supercomputing Center, e Eva Villaver, astrofísica e diretora do escritório Espaço e Sociedade da Agência Espacial Espanhola.
Ambos dialogaram sobre supercomputação e sobre os grandes desafios da comunidade científica, como a emergência climática e a fome, e sobre a ética na ciência.
Sobre o Dia da Ibero-América
Em novembro de 2019, os ministros e ministras das Relações Exteriores dos 22 países da região aprovaram celebrar o Dia da Ibero-América todo dia 19 de julho, data em que foi assinada a primeira declaração de chefes de estado da região em Guadalajara (México) em 1991.
Por isso, com esta celebração, desde 2020 valorizamos o conjunto de afinidades históricas e culturais que compõem a rica e diversificada Comunidade Ibero-Americana e defendemos a união e o desenvolvimento baseado no diálogo, na cooperação e na solidariedade.
A SEGIB participa ativamente na comemoração deste dia, destacando principalmente os valores que unem os 22 países da região, o trabalho conjunto desenvolvido em prol do progresso da Ibero-América e ressaltando a importância da cooperação horizontal e dos convênios assinados entre os países como instrumentos válidos para alcançar sociedades mais justas e sustentáveis.
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