O Ibercozinhas, um dos 30 programas de cooperação ibero-americana impulsionados desde a Secretaria-Geral Ibero-americana (SEGIB), trabalha para promover a gastronomia sustentável na Ibero-América, uma gastronomia que considera a origem dos ingredientes, como são cultivados, como chegam aos nossos mercados e, finalmente, aos nossos pratos.
“Desde o Ibercozinhas testemunhamos todo o ecossistema agroalimentar e culinário, desde a produção do alimento, a aquisição desses alimentos, a preparação e o consumo, tudo com fins também de soberania alimentar. Nós não só vemos o que nos chega à mesa, que é algo delicioso, algo muito importante que nos alimenta. Também vemos quais são essas práticas para poder cultivar os conhecimentos que associados que existem e como esses alimentos tradicionais geram uma soberania alimentar”, explica a presidenta da iniciativa, Mónica Pulido.
Desde 2020, o Ibercozinhas, integrado pela Argentina, Colômbia, Equador, México e Peru, apoiou o desenvolvimento de projetos de fortalecimento das cozinhas ibero-americanas como ferramentas de desenvolvimento sustentável na região graças ao Fundo Ibero-americano de Cozinhas para o Desenvolvimento Sustentável.
A quarta edição do Fundo, ao que é possível se postular até o próximo dia 15 de julho, oferece apoio técnico e financeiro para iniciativas comunitárias vinculadas com as cadeias de valor das cozinhas tradicionais que buscam potencializar seu impacto ou atender problemas locais derivados das diversas crises ambientais, sociais, sanitárias, etc.
Além do Ibercozinhas, o espaço ibero-americano conta o Plano Ibero-americano de Gastronomia e Alimentação Sustentável (PIGA 2030), uma importante ferramenta que busca promover a importância de uma boa alimentação e gastronomia nas agendas nacionais e políticas públicas da cooperação ibero-americana.
O PIGA 2030 propõe um enfoque desde a gastronomia, como uma cadeia de valor e âmbito de política pública fundamental para a construção de novas agendas de inovação, como ruralidades prósperas, a inovação tecnológica na agricultura e os modelos e práticas de agricultura sustentável e resiliente à mudança climática, com enfoque de gênero, entre outros.
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