O programa Iberarquivos foi aprovado em 1998 durante a VIII Cimeira Ibero-Americana de Chefas e Chefes de Estado e de Governo. Há 23 anos, este programa da Cooperação Ibero-Americana promove a reconstrução da memória histórica da Ibero-América.
Iberarquivos nasceu como uma iniciativa para apoiar o desenvolvimento das instituições arquivísticas da Ibero-América como garantes do acesso à informação e à memória coletiva e documentada dos povos da região. Por isso, seu trabalho tem como foco a promoção do acesso, da organização, da conservação e da divulgação do patrimônio documental existente na Ibero-América e que contribui de maneira fundamental para a consolidação do Espaço Cultural Ibero-Americano.
Atualmente, 16 países integram o programa: Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Chile, República Dominicana, Equador, El Salvador, Espanha, México, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal e Uruguai. Cada um deles aporta recursos anualmente para criar um fundo econômico competitivo que permite o benefício de diversos projetos arquivísticos.
Este programa da Cooperação Ibero-Americana concede ajuda aos países da região para fortalecer e melhorar o desempenho das instituições arquivísticas de qualquer natureza: de Arquivos Gerais da Nação até Arquivos Municipais, passando por Arquivos de Instituições de Direitos Humanos ou de Povos Indígenas, entre outros. Dessa forma, contribui para garantir o acesso à informação e à memória histórica dos povos ibero-americanos.
Iberarquivos constitui o principal fundo de ajudas técnicas e econômicas que apoia projetos arquivísticos na Ibero-América. Somente entre 1999 e 2020, os editais do programa concederam auxílio a 1.374 projetos em 22 países ibero-americanos, além das Filipinas e Porto Rico. Estas ajudas representam um investimento total de 5.166.035 € e 1.671.854 USD.
Os projetos que podem candidatar-se aos editais do Iberarquivos devem contribuir para o desenvolvimento de capacidades e o aperfeiçoamento das instituições arquivísticas. Adicionalmente, terão prioridade os projetos que incluam alguma das seguintes linhas de ação: perspectiva de gênero, multiculturalidade, não discriminação e diversidade, descentralização, prevenção de desastres, projetos supranacionais e preservação digital.
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