Luisgé Martín, diretor de revista Eñe e escritor; Michel Bertrand, diretor da Casa de Velázquez; Darío Villanueva, diretor da Real Academia Espanhola e crítico literário e Enrique Vargas, coordenador do Espaço Cultural Ibero-americano da SEGIB.
A escritora uruguaia Fernanda Trías foi a ganhadora da primeira edição do Prêmio SEGIB- Eñe-Casa de Velázquez para escritores ibero-americanos convocado com o objetivo de potencializar o labor dos escritores da região. A ganhadora desfrutará de uma residência de quatro meses na Casa de Velázquez, para desenvolver seu projeto Mugre rosa e participará na programação do Festival Eñe nos dias 27 e 28 de outubro, no Círculo de Bellas Artes, em um ato de apresentação do prêmio.
Nesta primeira edição o prêmio contou com a participação de 76 autores de 14 países, entre eles, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, Espanha, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. O jurado foi integrado por Darío Villanueva, diretor da Real Academia Espanhola e crítico literário, Luisgé Martín, diretor de revista Eñe e escritor e Pablo Raphael, diretor do instituto do México na Espanha e escritor.
Em sua opinião, considerou-se o equilíbrio da candidatura de Fernanda Trías em todos os aspetos do concurso —a trajetória literária, a motivação da solicitação, a bagagem artística—, mas, principalmente, foi valorizada a consistência e a originalidade do projeto apresentado: um romance intitulado, provisoriamente, Mugre rosa que desenha uma cidade portuária distópica e opressiva e umas personagens cheias de ambição literária.”
O jurado do prêmio destacou como “no projeto Mugre rosa aparecem sugeridas muitas das grandes questões acerca da condição humana sobre as quais a literatura indaga desde suas origens, e tanto o modo com o qual Fernanda Trías pretende abordá-las como o talento expressivo, já conhecido da autora, fundamentaram a decisão.”
Sobre Fernanda Trías
Narradora e tradutora uruguaia radicada em Bogotá. Realizou o Mestrado em Escritura Criativa da Universidade de New York. É professora de narrativa no Mestrado em Escrituras Criativas da Universidade Nacional da Colômbia e dirige a Oficina Distrital de Conto “Cidade de Bogotá” do Ministério de Cultura.
Publicou três romances e um livro de contos. Foi amiga pessoal e discípula do escritor uruguaio Mario Levrero, com quem colaborou para criar a coleção de narrativa uruguaia dos flexes terpines (2001-2002), dirigida por Levrero e que contou com quinze títulos. No número 5 da mencionada coleção, publicou sua primeira nouvelle, Caderno para um só olho.
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