Em um encontro desenvolvido nos dias 18 e 19 de junho, e organizado pela Secretaria-Geral Ibero-americana e CAF, especialistas analisaram as melhores fórmulas para conseguir que a exploração dos recursos naturais na América Latina contribua a aumentar a produtividade, promover a estabilidade econômica, melhorar a qualidade do emprego e colher maiores ganhos sociais.
Se forem aplicados os incentivos, as estratégias e as políticas públicas adequadas, os recursos naturais da América Latina tem o potencial de se converter nos principais estandartes da inovação, do dinamismo comercial e de um crescimento econômico baseado no aumento da produtividade e na geração de mais e melhores empregos.
Esta é uma das principais conclusões do encontro “Oportunidades e desafios dos recursos naturais para a estabilidade, o crescimento, a inclusão e a sustentabilidade na América Latina”, organizado em Quito, Equador, pela Secretaria-Geral Ibero-americana (SEGIB) e CAF, o banco de desenvolvimento da América Latina.
Durante a reunião também foi analisado que tipo de regras fiscais e políticas cambiárias e monetárias permitem preservar o bem-estar dos cidadãos em momentos de flutuações nos preços das matérias primas e de mudanças nas condições de acesso ao financiamento externo.
“Necessitamos um novo consenso que olhe ao mercado exterior como uma fonte de investimento e produtividade, como uma fonte importante de riqueza; mas um novo consenso que olhe também o mercado interno e que aprecie o imenso potencial de crescimento econômico que há na luta contra a pobreza e a desigualdade”, disse a secretaria geral ibero-americana, Rebeca Grynspan.
Por sua parte, Luis Carranza, presidente executivo do CAF, afirmou: “A América Latina tem de aproveitar as oportunidades que os setores intensivos em recursos naturais brindam para impulsionar aumentos na produtividade, no investimento e no emprego que contribuam a um crescimento sustentável a longo prazo”.
O evento contou, além disso, com dois painéis sobre os desafios macroeconômicos dos ciclos das matérias primas e os desafios para a diversificação de exportações e o crescimento da produtividade, nos quais participaram Augusto de la Torre, ex economista chefe do Banco Mundial para a América Latina; Jorge Roldós, diretor adjunto do Fundo Monetário Internacional; Yuri Parreño, vice ministro de Produtividade, e Guillermo Perry, da Universidade dos Andes, entre outros.
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