Por ocasião do Dia Internacional da Mulher, a Secretária-Geral Ibero-Americana, Rebeca Grynspan, apelou à intensificação dos esforços para alcançar a igualdade de gênero em todos os âmbitos da sociedade.
A Secretaria-Geral Ibero-Americana (SEGIB), a organização liderada por Grynspan, tem como uma das suas prioridades promover a eliminação de leis que discriminam as mulheres e impedem a sua autonomia e plena participação na economia.
Um relatório recente da SEGIB e da ONU Mulheres, intitulado “Análise da legislação discriminatória na América Latina e no Caribe“, destaca que em 13 países da região, as mulheres têm proibições para desenvolver alguns trabalhos que os homens podem realizar.
Portanto, o relatório insta a revogar essas normas e promulgar novas leis que reconheçam legalmente o trabalho doméstico não remunerado, a igualdade de salários e os direitos econômicos das mulheres. E acrescenta que é urgente criar sistemas legais para promover a igualdade de acesso ao crédito entre homens e mulheres, o trabalho formal e a proteção social.
A SEGIB levará essas questões para a 63ª sessão da Comissão da Condição Jurídica e Social da Mulher (CSW), que será realizada no dia 12 de março na sede das Nações Unidas em Nova York.
“Todos os estudos mostram que, se eliminarmos as barreiras para o empoderamento econômico das mulheres, teremos um crescimento mais dinâmico e inclusivo, mais igualdade e menos pobreza”, afirmou Rebeca Grynspan.
Além disso, a Secretária-Geral Ibero-Americana se uniu às vozes de 25 mulheres líderes globais que, em uma carta aberta publicada em meios de comunicação de todo o mundo, defendem a presença das mulheres em organizações internacionais como catalisadoras da mudança e instam a usar o multilateralismo como uma ferramenta para alcançar a igualdade total de gênero.
O texto, intitulado “Mulheres Líderes, vozes para a mudança e a inclusão” é assinado por Christiana Figueres (ex-Secretária Executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), Susana Malcorra (ex-Ministra das Relações Exteriores da Argentina e ex-Secretária-Geral Adjunta do Departamento de Apoio às Atividades de Campo das Nações Unidas), Gina Casar(ex-Administradora Associada do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), Margaret Chan (ex-Diretora Geral da Organização Mundial da Saúde), Mary Robinson (ex-Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos) e Irina Bokova (ex-Diretora Geral da UNESCO), entre outras.
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