Construindo o dia seguinte: a inovação aberta, crucial para afrontar os efeitos da pandemia na Ibero-América

Representantes de governos, empresas, p&mes e empreendedores da Ibero-América dialogaram sobre o papel da inovação aberta e a cooperação entre diferentes setores e a diferentes níveis para afrontar os efeitos da pandemia da COVID-19 na Ibero-América.

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Organizada pela Secretaria-Geral Ibero-americana (SEGIB) e a Federação Ibero-americana de Jovens Empresários (FIJE), a conferência virtual “Inovação aberta na Ibero-América:  uma ferramenta para o desenvolvimento” analisou o papel dos governos e empresas privadas como plataformas de inovação aberta e colaboração público-privada perante a crise da COVID-19, assim como o impacto da mencionada crise nas estratégias de inovação aberta nas empresas.

O evento foi inaugurado pela secretária-geral ibero-americana Rebeca Grynspan, o presidente da Confederação Espanhola de Organizações Empresariais (CEOE), Antonio Garamendi e Gerard Cadena, presidente do Conselho de Empresários Ibero-americanos e da Confederação Empresarial Andorrana (CEA) e serve como seguimento a um dos eixos temáticos do Encontro Empresarial que forma parte das atividades da XXVII Cimeira Ibero-americana de Chefes de Estado e de Governo.

Durante sua intervenção, Grynspan explicou que no momento atual confluem  uma emergência sanitária, econômica e social que deve ser abordada ao mesmo tempo, de forma sistêmica e com respostas integrais, através de  uma colaboração multiator e multinível.

Sublinhou o papel crucial da inovação para impulsionar a produtividade e competitividade das empresas perante a ameaça de fragmentação das cadeias globais de valor. “A inovação não consiste na arrogância de crer que sem ajuda encontraremos as respostas. Só colaborando unidos, encontraremos as soluções para um futuro de esperança”, concluiu Grynspan, quem também instou a um novo “pacto social” baseado na inovação e a participação de governos, empresas e cidadãos.

Além disso, durante o encontro, no qual se inscreveram mais de 600 pessoas de 29 países, Esteban Campero, responsável de P&mes e Empreendimento na SEGIB apresentou os resultados do estudo “O impacto da pandemia nas estratégias de inovação aberta de grandes empresas e governos” , que expõe as grandes oportunidades que se abrem para a inovação aberta nas empresas em áreas como inteligência artificial, plataformas de comunicação remota ou hardware de colaboração.

ENCUESTA- OPORTUNIDADES EMPRESAS

 

A pesquisa também revela que 55% das empresas veem com otimismo o futuro pós-pandemia, ainda que a interatuação com os governos se viu consideravelmente afetada.

Por sua parte, o presidente da CEOE, Antonio Garamendi, assegurou que uma das lições mais importantes desta crise é a necessidade da digitalização e inovação empresarial. “Quando se fala de inovação, assinalou, não estamos perante um conceito setorial, senão perante um tema transversal, que implica todos os atores da sociedade”, especificou

Ainda, o presidente da CEIB e da CEA, Gerard Cadena, destacou que o lema da próxima Cimeira Ibero-americana “Inovação para o Desenvolvimento Sustentável” cobra ainda mais importância neste momento porque a inovação e as sinergias entre diferentes atores serão mais necessárias que nunca  “no dia seguinte” à pandemia.

“A inovação aberta será crucial para nos adaptarmos a esta nova realidade e para isso os avanços científicos e tecnológicos não devem ficar fechados nas instituições públicas, nas empresas ou nos países.

No foro também intervieram, o vice ministro da Produção, Comércio Exterior, Investimentos e Pesca do Equador, Jackson Torres; a sub secretária de Economia do Conhecimento do Ministério de Desenvolvimento Produtivo da Argentina, María Apólito; a presidenta executiva da INOVATE PERU, Rosmary Marcela Cornejo; El Global Head de Alianças Estratégicas da Telefónica Open Inovation, Agustín Moro; o manager da Indra Ventures, Alberto Pintado; o parceiro da GS Capital em Sillicon Valley (Califórnia), Josep Aliagas; o diretor de Inovação Aberta da Iberia, Ignacio Tovar da Mármol; e o CEO da VU Security, Sebastián Straniero, que moderou o painel de empresas.

As considerações finais correram a cargo do diretor geral da CEOE Internacional e secretário permanente da CEIB, Narciso Casado; o responsável de Economia e Empresas da SEGIB, Pablo Adrián Hardy; e o secretário geral da FIJE, Antonio Magraner.

 

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