Nesta quarta-feira, 26 de outubro realizou-se a mesa redonda “Juventude, arte e transformação”, no marco dos eventos que fazem parte das atividades paralelas à XXV Cúpula Ibero-americana de Chefes de Estado e de Governo.
Muito comovidos, quatro jovens do programa IBERO-América Recital Colômbia 2016 contaram como a dança, o canto e, em geral, a música urbana significaram uma transformação para eles e suas comunidades.
A atividade resultou muito emotiva e despertou entre os assistentes grande admiração para com os quatro artistas, pertencentes ao programa cultural da Cúpula Ibero-americana, organizado pelo governo da Colômbia e a Secretaria Geral Ibero-americana.
Os jovens contaram como chegaram ao mundo do rap, o breaking e outras correntes do hip hop e como, através desse encontro com a arte urbana, mudaram suas vidas e conseguiram converter-se em agentes de transformações sociais dentro e fora de suas comunidades.
“Creio firmemente no poder transformador da arte”, disse Cecilia Silva, uma cantora que também realiza um processo de empoderamento através destes movimentos artísticos nas novas gerações.
Duvan Arizala, um bailarino de hip hop, não pôde evitar a emoção e entre lágrimas contou sua experiência dentro do programa e disse, sem dúvidas, que a dança urbana salvou-o, pois pôde sair do entorno de violência no qual cresceu, no Distrito de Aguablanca, da cidade de Cali.
Arizala será um dos bailarinos que se apresentarão durante a Cúpula Ibero-americana de Chefes de Estado e de Governo em Cartagena, algo que o enche de emoção. “Isto é mostra de que os sonhos, com trabalho duro, podem se tornar realidade”, afirmou.
Na Mesa redonda também participaram a secretária geral Ibero-americana, Rebeca Grynspan; o escritor Juan Gabriel Vásquez; o coreógrafo e filósofo Álvaro Restrepo; e atuou como moderador Iván Benavides, músico e produtor.
Com este programa e as oficinas organizadas neste marco, o governo da Colômbia e a Segib reconhecemos o movimento do hip hop e sua colaboração à cultura, em uma sociedade onde, comumente, estigmatizou-se os jovens e suas práticas artísticas.
Nesse sentido, a secretária Grynspan assinalou que o apoio a este tipo de iniciativas tem como objetivo “abrir os espaços, a fim de unir a sociedade” e que a arte e as expressões artísticas possam “servir de ponte, criar um diálogo e integrar”. Em resumo, este tipo de projetos servem para “reconhecer o outro em seu valor”, concluiu.
Também participaram a cantora Keila Regina e representantes do setor privado.
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