Ministros e ministras de Trabalho e delegações de 21 países da Ibero-América se reuniram hoje em Madrid para debater sobre o futuro do trabalho perante as grandes transformações que estão ocorrendo em matéria tecnológica, demográfica e meio ambiental.
“O mundo laboral se enfrenta a uma de suas mudanças mais profundos desde o início da Revolução Industrial”, foi uma das conclusões da Conferência de Ministras e Ministros de Trabalho da Ibero-América, titulada “Construindo o futuro do trabalho”.
O encontro internacional foi inaugurado pelo diretor geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Ryder; a secretária-geral ibero-americana, Rebeca Grynspan; a ministra de Trabalho, Migrações e Segurança Social de Espanha, Magdalena Valerio, e a secretária de Estado de Assuntos Sociais e Ocupação do Principado de Andorra, Ester Fenoll.
Na declaração final da conferência se afirma que o futuro do emprego dependerá das políticas que forem adotadas em respostas às transformações que estão em marcha e que ajudem a prevenir “o aprofundamento dos déficits de emprego e das desigualdades, tanto de ingressos como de gênero” .
En la declaración final de la conferencia se afirma que el futuro del empleo dependerá de las políticas que se adopten en respuesta a las transformaciones que están en marcha y que ayuden a prevenir “el ahondamiento de los déficits de empleo y de las desigualdades, tanto de ingresos como de género” .
No encontro participaram ministros e ministras de Trabalho e delegações de Andorra, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Espanha, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, Republica Dominicana e Uruguai.
O documento de conclusões assinala que, para aproveitar as oportunidades e fazer frente aos novos desafios no mundo laboral, é necessário investir em políticas inovadoras, centradas no trabalho digno, a criação de empresas sustentáveis, a protecção social e o diálogo com as organizações sindicais e empresariais.
Para isso, continua, é necessário aproveitar a economia digital, estender a protecção social à economia informal e a novas formas de emprego, e investir em capital humano ao longo da vida laboral.
Os representantes ibero-americanos também indicaram que “o emprego digno e os jovens são peças chave do futuro do trabalho”, ao mesmo tempo que sublinharam a necessidade de “uma nova agenda verdadeiramente transformadora de luta contra a brecha de gênero, na que a corresponsabilidade e os cuidados sejam parte integral das políticas públicas”.
Finalmente, os ministros e ministras destaparam o papel crucial que as organizações empresariais e sindicais têm à hora de dar resposta às transformações no mundo do trabalho.
Grynspan, que forma parte da Comissão Mundial sobre o Futuro do Trabalho da OIT e participou em um recente informe do organismo, assegurou: “Não podemos absorver uma revolução tecnológica do século XXI com instituições laborais do século XIX”.
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