No marco do VII Foro MEIs Itália-América Latina, celebrado em Bérgamo, Itália, o Secretário-Geral Ibero-americano, Andrés Allamand, sublinhou o papel determinante que as pequenas e médias empresas desempenham no crescimento da Ibero-América.
Allamand ressaltou que as MEIs são as principais promotoras de empreendimento e geração de emprego na Ibero-América e a origem de importantes unicórnios, startups e “multilatinas”.
Também são cruciais, recordou, para o empoderamento das mulheres, já que, de acordo com o relatório do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), a América Latina é a região com a maior porcentagem de empreendimento feminino a nível mundial.
Consciente da relevância das MEIs, a SEGIB, junto com Conselho de Empresários Ibero-americanos (CEIB) e Procolombia, organiza anualmente o encontro em matéria de pequenas e médias empresas mais importante da região, que este ano terá lugar em Medellín, Colômbia, a 11 e 12 de dezembro.
Os desafios das MEIs
Apesar da sua relevância, as MEIs enfrentam importantes desafios, segundo ressaltou o Secretário-Geral Ibero-americano, quem enumerou algum deles durante sua intervenção no VII Foro MEIs Itália-América Latina:
1. Produtividade: As microempresas latino-americanas representam ao redor de 3,2% da produção, enquanto na Europa aportam seis vezes a mais, apesar de terem uma participação similar em termos da força laboral que empregam, de acordos com os dados da OECD.
2. Financiamento: Algumas estimações assinalam uma brecha de US$1,8 bilhões entre a demanda e a oferta de financiamento disponível para as MEIs na América Latina e o Caribe, cifra equivalente a 41,7% do PIB regional. Em outras palavras, a brecha financeira das micro, pequenas e médias empresas (MIMEIs) da região é de 5,2 vezes a oferta atual, de acordo com dados do BID.
Além disso, as MEIs obtêm tão somente 17% de seu financiamento dos bancos, frente a 30% das grandes empresas, e fazem-no a taxas mais altas do que as empresas de maior tamanho (BID).
3. Digitalização.A reindustrialização 4.0 é uma oportunidade para incrementar a produtividade através da incorporação de ferramentas digitais em áreas tradicionais da economia (turismo, agricultura, mineração, energia), mas também para potencializar novas exportações e serviços (biotecnologia, audiovisuais, semicondutores).
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