Allamand: “Ibero-América não é uma comunidade imaginária”

O Secretário-Geral Ibero-americano fala na revista Política Exterior sobre o conceito de Ibero-América e alguns dos temas prioritários para a comunidade, como a qualidade da segurança pública.

O Secretário-Geral Ibero-americano, Andrés Allamand, reafirmou a vitalidade e importância da Comunidade Ibero-americana em uma entrevista à revista Política Exterior,  na qual celebrou os avanços alcançados na última Cúpula de Chefes de Estado celebrada no ano passado em Santo Domingo, República Dominicana.

“Popularizar o termo ibero-americano é uma das nossas tarefas pendentes. Mas não creio que sejamos uma comunidade imaginária. Sua vitalidade se mostra nas cúpulas bianuais de Chefes de Estado e em uma multiplicidade de redes que abrangem os mais diferentes setores das nossas sociedades civis”, afirmou.

Durante a entrevista, o Secretário-Geral Ibero-americano também revisitou alguns dos temas cruciais para a Ibero-América, como a relação da América Latina com a Europa, os EUA e a China, assim como a qualidade da segurança pública na região.

Nesse sentido, sublinhou o compromisso da Ibero-América para “tratar de forma intensa” o “problema número um da região”: a insegurança e o combate ao crime internacional. “Na América Latina quase não existem conflitos fronteiriços, mas sim de violência interna. A região tem 8% da população mundial, mas 30% dos assassinatos”, assinalou.

Questionado sobre política exterior, Allamand iniciou na ideia do “triângulo escaleno” que existe entre os EUA, a UE e a América Latina, já que, agregou, “a conexão entre os vértices não é a que seria própria em um triângulo equilátero”.

“O lado da UE e dos EUA é profundo e intenso; o lado entre a UE e a América Latina e o Caribe vive um relançamento, o que não ocorre com o lado entre os EUA e a ALC”, ressaltou.

O Secretário-Geral Ibero-americano expressou seu otimismo sobre as euro-latino-americanas e recordou as recentes declarações de Ursula von der Leyen durante a cúpula de Bruxelas entre a UE e a Celac na qual a presidenta da Comissão Europeia disse que a Europa aspira ser o “sócio preferencial estratégico” da América Latina.

 

Entrevista completa

 

Veja todos os assuntos