O Supremo Tribunal acolhe hoje e amanhã, na sede do Conselho Geral do Poder Judiciário, uma série de reuniões para preparar a XXII edição da Cúpula Judicial Ibero-Americana (CJI), que será realizada no próximo mês de maio na República Dominicana.
Durante a cerimônia de abertura, o Secretário-Geral Ibero-Americano, Andrés Allamand, ressaltou o valor programático e instrumental da Cúpula Judicial em um momento no qual a utilidade do multilateralismo, do diálogo e da solidariedade é questionada por alguns setores.
“Por meio de atividades como esta, a Comunidade Ibero-Americana se posiciona diante desses questionamentos, defendendo a projeção que alcançamos quando adotamos posições comuns, a riqueza que nos beneficia a todos quando trocamos experiências e a força que nos caracteriza quando escolhemos cooperar em vez de dividir”.
Nesse sentido, Allamand destacou como exemplo o trabalho realizado no âmbito da IberRed (a Rede Ibero-Americana de Cooperação Jurídica Internacional), que reúne as autoridades centrais e pontos de contato dos ministérios da justiça, procuradorias, ministérios públicos e poderes judiciários dos 22 países que integram a Comunidade Ibero-Americana.
O Secretário-Geral Ibero-Americano anunciou que, com vistas à próxima Cúpula de Chefes e Chefas de Estado e de Governo, que será realizada em Madri em 2026, pretende-se criar um Espaço Ibero-Americano de Justiça, que valorize a cultura jurídica comum dos 22 países ibero-americanos e o trabalho desenvolvido pelos diversos atores do setor.
Além de Allamand, participaram do evento Elena Martínez Rosso, ministra da Suprema Corte de Justiça do Uruguai e titular da Secretaria Permanente da CJI; Pilar Jiménez Ortiz, presidenta da Primeira Câmara da Suprema Corte de Justiça da República Dominicana; e Isabel Perelló, presidenta do Supremo Tribunal e do órgão de governo dos juízes.
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