Allamand: “A RSC é parte do ADN empresarial ibero-americano”

O “III Observatório Ibero-americano de Sustentabilidade e RSC” mostra que as empresas e associações da região entendem a RSC como parte integral da forma em que realizam suas atividades e obtém seus benefícios

Ontem foi apresentado, na sede da CEOE, o “III Observatório Ibero-americano de Sustentabilidade e RSC”, um relatório elaborado a partir de uma pesquisa de opinião na qual participaram mais de 700 organizações da Ibero-América, liderado pelo Conselho de Empresários Ibero-americanos (CEIB), EAE Business School e a Federação Ibero-americana de Jovens Empresários (FIJE).

O documento mostra que as empresas e associações da região entendem a RSC como parte integral da forma em que realizam suas atividades e obtém seus benefícios (3,8 sobre 5) deixando atrás a associação entre RSC e a simples doação a causas sociais (2,4 sobre 5, e 0,3 a menos que na versão anterior).

O Secretário-Geral Ibero-americano, Andrés Allamand, presente no ato, destacou, além dos aspectos do estudo:

  • Que os temas meio ambientais se situam no centro da RSC. O estudo coloca em evidência que o setor empresarial se encontra plenamente consciente de que a América Latina, apesar de emitir comparativamente poucos gases de efeito estufa, é particularmente vulnerável aos efeitos da mudança climática, e que as corporações estão dispostas a centrar seus esforços para gerar um impacto ambiental positivo.
  • A falta de financiamento. 22% dos pesquisados assinala que as ações de RSC não recebem um orçamento dedicado dentro da organização. No caso das MEIS esta cifra se incrementa até 31%. Dentro das empresas que, sim, têm um orçamento exclusivo para as RSC 35% destinam menos de 1% de seus ingressos. São necessário mais recursos para poder aproveitar ao máximo o compromisso que as empresas ibero-americanas têm com a RSC.

 

Necessária tripla dimensão do crescimento

Allamand assinalou também que qualquer crescimento deve ser politicamente inclusivo, socialmente viável e ambientalmente sustentável. Quanto a esta última dimensão, assinalou “a necessidade de incorporar a visão ambiental nos processos de tomada de decisão e de avaliação das empresas; o crescimento a custa da degradação da natureza simplesmente não resulta aceitável”.

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