A secretária-geral ibero-americana, Rebeca Grynspan; o vice presidente da BusinessEurope e presidente da CEOE, Antonio Garamendi; e o presidente do Conselho de Empresários Ibero-americanos (CEIB) e da Confederação Empresarial Andorrana (CEA), Gerard Cadena, inauguraram na quarta-feira, 15 de abril, um webinar intitulado “Alianças público-privadas: Governo e P&mes construindo região em época de crise”.
Ao seminário virtual assistiram mais de 350 pessoas de 15 países ibero-americanos, e foi analisado o panorama atual da região em meio à conjuntura do COVID-19 da mão de referências de diferentes setores. Além disso, aprofundou-se nos esforços que estão sendo realizados nos distintos cenários que encerra o contexto ibero-americano e foi recalcada a importância das alianças entre os diferentes setores para superar a crise.
Após a abertura, teve lugar um painel de especialistas, no qual intervieram a vice ministra de Economia da Costa Rica, Laura Pacheco; o vice presidente da Associação Nacional de Empresários da Colômbia (ANDI) e membro da Junta Diretiva da OIE, Alberto Echevarría; o diretor executivo da Confederação Nacional de Industrias do Brasil (CNI), João Emilio P. Gonçalves.
Após a sessão, moderada por Estefanía Grajales, diretora executiva em Aliança de Impacto Latino, foi clausurada a jornada da mão do secretário permanente do CEIB, Narciso Casado; o responsável de P&mes e Empreendimento da SEGIB, Esteban Campero; o presidente da Confederação Espanhola de Associações de Jovens Empresários (CEAJE), Fermín Albadalejo; e o presidente da FIJE, César Durán.
Durante sua intervenção, a secretária Grynspan destacou que a relação com o tecido empresarial é fundamental para a região ibero-americana. Ainda assim, informou que na Reunião de Primavera de ontem do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional já se qualifica esta crise como “o grande isolamento”. Assinalou que estamos perante uma situação totalmente inusual, já que é uma crise sem culpáveis e os instrumentos de política que temos que empregar para sair desta situação não são os comuns.
Mencionou, além disso, que estamos perante a maior queda do PIB na Região, em torno a 5%, e umas taxas de desemprego que oscilam entre 15% e 20% em muitos países, e anunciou que poderia haver uma recuperação muito rápida dependendo do que façamos agora. “Trata-se de salvar vidas, economia, empregos, empresas e cuidar dos trabalhadores. Dependerá de todos estes fatores, que tenhamos de fazer frente a uma crise temporária e não estrutural”, sentenciou. Nesta linha, mencionou também as p&mes, já que são a chave da recuperação e representam 70% do emprego na América Latina. Por isso, recalcou, são fundamentais as medidas que foram adotadas, como os fundos de garantia ou os créditos suaves, para que não
falte liquidez às empresas e não haja um problema de solvência.
A secretária-geral ibero-americana considerou imprescindível se perguntar como se ajuda a que o tecido empresarial não se endivide e, se os pacotes de medidas que estão sendo tomadas são suficientes, já que, nos países desenvolvidos, estes pacotes representam 20% do PIB, enquanto nos países em desenvolvimento representam 4%. Por este motivo, fez um chamamento ao Fundo Monetário Internacional e ao Banco Interamericano de Desenvolvimento para ajudar os países mais vulneráveis, já que “para esta crise global, é requerida uma resposta global”.
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