Entre a convocatória de bolsas da Fundação Carolina de doutorado, estâncias curtas, programas de mobilidade de professores e de estudos institucionais da convocatória 2019-2020, que finalizou no passado 5 de abril, encontra-se o programa de estâncias de pesquisa que a Fundação realiza com a Secretaria-Geral Ibero-americana (SEGIB), emoldurada na iniciativa do Campus Ibero-América.
Para este programa de bolsas em concreto foram avaliadas 987 solicitações e foram assignadas um total de 67 bolsas para estâncias curtas (3-6 meses) ajustando-se ao orçamento disponível que inclui um montante de, entre 4.000 e 6.000 euros para cobrir viagem, alojamento, manutenção e seguro médico.
Ainda assim, para eleger as pessoas ganhadoras das bolsas foram consideradas as porcentagens estabelecidas na convocatória referente a pesquisas em disciplinas STEM (60%), sexo (mínimo 60% de mulheres nas pesquisas STEM) e zona de residência (ao menos 80% de bolsas para residentes na América Latina), sendo a distribuição final de 62,7% (42 bolsas) para mulheres, e 37,3% (25 bolsas) para homens e 86,5% (58 bolsas) para estudantes da América Latina e 13,5% (9 bolsas) para estudantes da Espanha.
Este tipo de bolsas têm como objetivo contribuir à formação e capacitação de estudantes de mestrado e de doutorado, assim como de doutores dos países integrantes da Comunidade Ibero-americana de Nações, em universidades ou em centros de pesquisa espanhóis ou da América Latina, respectivamente, em função de que residam na Espanha ou na América Latina. Do mesmo modo pretende afrontar as conhecidas brechas de gênero que ainda existem em matérias como ciências experimentais, tecnologia, engenharia e matemática (áreas STEM, por suas siglas em inglês), nas quais a presença de mulheres é menor.
As pessoas beneficiárias deste programa de estâncias de pesquisa permanecerão no país de destino um tempo mínimo de três meses e um máximo de seis e terão o aval de um professor ou pesquisador do centro receptor.
A SEGIB e a Fundação Carolina buscam estimular a mobilidade acadêmica dentro da região ibero-americana e, neste sentido, este programa busca contribuir à consecução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 no Marco Ibero-americano de Mobilidade Acadêmica – Campus Ibero-América. Enquanto na Asia 7% dos universitários realizam algum intercâmbio internacional, na América Latina realiza-se menos de 1% de intercâmbios (o índice mais baixo do mundo). Este programa pretende somar esforços para aumentar esta cifra.
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