38,4% das línguas indígenas na Ibero-América estão em risco crítico de desaparecer. O racismo e a discriminação contra os povos, as sociedades e os conhecimentos indígenas; sua falta de proteção, promoção e visibilidade; e a interrupção da transmissão intergeracional das línguas são os principais fatores que ameaçam sua continuidade ao longo do tempo.
Com base nesse fato, e por motivo do próximo Dia Mundial dos Povos Indígenas, que é celebrado a cada 9 de agosto, a Secretaria-Geral Ibero-Americana está lançando uma campanha para alertar, reivindicar e homenagear o legado e a riqueza dessas línguas. Isso é feito por meio de uma campanha que começa hoje com o título Cada palavra conta: Preservamos o passado, impulsionamos o futuro.
Por meio de vários vídeos, infográficos e peças gráficas, a campanha relembrará as propostas da cooperação ibero-americana – por meio do Instituto de Línguas Indígenas (IIALI) – para a elaboração de um Atlas de Línguas Indígenas e de um laboratório que contribua para a revitalização das línguas dos povos originários.
Também inclui o trabalho dos programas de cooperação ibero-americanos, como o Ibercultura Viva e o Ibermemoria, com equipes de especialistas e membros indígenas das comunidades Tsetal, Tsotsil e Tojolabal em Chiapas, México, para construir termos para conceitos como patriarcado, gênero e feminismo que não existiam originalmente.
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