“Na América Latina se dá o paradoxo de que, ainda que de portas para fora seja uma zona de paz, a insegurança é um dos grandes temas que preocupam a cidadania. Ainda mais, nos últimos anos passou a ser a maior preocupação para nossos países, por cima de temas como a desigualdade ou a pobreza”, afirmou o Secretário-Geral Ibero-americano, Andrés Allamand, durante a apresentação do documento “Relatório Ibero-América 2024”, da Fundação Alternativas.
O documento, sob o subtítulo “O desafio da segurança para as democracias latino-americanas”, reflete como a insegurança afeta múltiplas facetas do dia a dia da cidadania e é hoje uma condição imprescindível para a boa saúde das democracias.
O estudo analisa como a impunidade, a corrupção e a ineficácia na administração da justiça são, amiúde, tanto causas como consequências deste fenômeno. Ainda assim aprofunda nas transformações no aparato policial, a economia política do narcotráfico, ou o crescimento do ciberdelito, incorporando uma análise sociológica ao fenômeno do crime na região, assim como referências aos casos concretos do Equador ou da fronteira entre a Colômbia e a Venezuela.
No ato intervieram Michelle Bachelet, ex-presidenta da República do Chile (on-line); Érika Rodríguez, Coordenadora do Relatório e Diretora da Fundação Carolina; Lucía Dammert, Coautora do estudo e professora Universidade Santiago do Chile (on-line); Mariano Bartolomé, Colégio Inter-Americano de Defesa, e Javier Gassó Matoses, Diretor Geral para a Ibero-América e Caribe.
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