A Ibero-América promove 16 projetos para preservar línguas indígenas

· Os projetos foram selecionados no âmbito da convocatória Cenzontle, lançada por IberCultura Viva e Ibermemória Sonora, Fotográfica e Audiovisual.

· Foram escolhidos projetos de 10 países da Ibero-América: México, Panamá, Chile, Peru, Uruguai, Colômbia, Argentina, Costa Rica, Paraguai e Equador.

· As iniciativas serão apresentadas em fórum virtual nos dias 21 e 22 de fevereiro, por ocasião do Dia Internacional da Língua Materna.

Madri, 21 de fevereiro. –  IberCultura Viva e Ibermemória Sonora, Fotográfica e Audiovisual, programas de cooperação cultural promovidos pela Secretaria-Geral Ibero-Americana (SEGIB), promovem 16 projetos para preservar, visibilizar e fomentar o uso das línguas dos povos originários da região.

Os projetos foram selecionados no âmbito da convocatória “Cenzontle: uma janela para as línguas nativas da Ibero-América”, dotada de 16.500 dólares, e serão apresentados nos dias 21 e 22 de fevereiro em um fórum virtual, por ocasião do Dia Internacional da Língua Materna.

As iniciativas procedem de 10 países (México, Panamá, Chile, Peru, Uruguai, Colômbia, Argentina, Costa Rica, Paraguai e Equador) e visam processos de conservação, registro, pesquisa, divulgação, educação, gestão e valorização das línguas originárias da Ibero-América.

“Os Programas da Cooperação Ibero-Americana são fundamentais e tanto o seu trabalho a nível comunitário como a sua projeção contribuem para visibilizar e promover a rica cultura dos povos originários da Ibero-América. Estes projetos falam especificamente das línguas originárias, essenciais para compreender e preservar a identidade dos nossos povos”, afirma a Secretária para a Cooperação Ibero-Americana, Lorena Larios.

 

Projetos vencedores

Livros, canções, dicionários e recursos audiovisuais serão, em grande medida, as ferramentas que serão utilizadas pelas comunidades.

Entre os projetos escolhidos está uma iniciativa mexicana que busca incorporar a perspectiva de gênero nas línguas indígenas Tojolabal, Tseltal e Tsotsil, criando e integrando termos como “equidade”, “feminismo” e “estereótipo” em seu vocabulário. Outra proposta promove um dicionário para fortalecer e revitalizar as línguas originárias do Peru, e em uma proposta do Chile uma comunidade promove um arquivo sonoro Mapuche.

Outra fórmula para a preservação dos idiomas é criar materiais escolares para ensinar crianças costa-riquenhas a língua Bruncáica, tanto na escola como em casa. Por sua vez, o projeto “Ñujnusinango Yocuu Bajade/Recuperando as vozes ancestrais” busca recuperar as vozes e a memória oral dos anciãos Ayoreo das montanhas do Chaco paraguaio.

Os recursos audiovisuais e gráficos são a ferramenta “Comarca” para o aprendizado da língua Woun-meu, no Panamá. “Yaju Mama o madre agua”, do Equador, outro dos 16 projetos, resgata esse conhecimento ao unir adultos e crianças na elaboração de um livro digital bilíngue em Kichwa e Espanhol feito pelos menores da comunidade.

Conheça os 16 projetos aqui.

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