O 11º Encontro Ibero-Americano de Museus, realizado de 25 a 27 de novembro no Museo Nacional del Perú, concluiu com a Declaração do Encontro, um roteiro fundamental para orientar as ações dos museus ibero-americanos. As 14 recomendações – acordadas pelos 19 países participantes – contidas na Declaração visam consolidar o papel transformador dos museus da região como agentes de mudança, ação conjunta e aprendizagem.
A Declaração destaca o papel fundamental dos museus como espaços de diálogo, reflexão e ação na construção de sociedades inclusivas, equitativas e sustentáveis. Os representantes de Andorra, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, República Dominicana, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, Espanha, Uruguai e Uruguai reconhecem que os museus evoluíram para responder aos desafios contemporâneos, reafirmando seu compromisso com os valores democráticos, o cuidado com o meio ambiente, a inclusão social e a proteção do patrimônio cultural.
Em consonância com esse processo de mudança, pede o fortalecimento das políticas públicas de museus por meio da elaboração de marcos regulatórios que tracem novos horizontes para a museologia ibero-americana, promovendo a inclusão, a sustentabilidade e a acessibilidade universal. A Declaração também insta a incorporação de uma abordagem de direitos culturais na gestão de museus, garantindo a participação ativa de comunidades historicamente excluídas e tornando visível a diversidade cultural, étnica e de gênero.
No contexto da emergência climática, recomenda-se a adoção de práticas sustentáveis em suas dimensões ambiental, social, econômica e cultural. Também promove a atualização das narrativas museológicas a partir de uma perspectiva decolonial, valorizando a pluralidade de vozes e contribuindo para a reparação histórica e a equidade cultural. Em termos de saúde, a Declaração reafirma o papel dos museus como espaços de bem-estar e saúde mental, aspectos essenciais para o desenvolvimento humano integral.
Finalmente, chama a atenção para o fortalecimento das redes de colaboração entre museus, profissionais e instituições ibero-americanas, valorizando-as como espaços poderosos para a troca de conhecimentos, experiências e recursos que fortalecem a gestão dos museus e inspiram o setor. O 11º EIME é um exemplo disso.
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