Dos proyectos que atienden las demandas de redes de comunicación comunitarias estan sendo desarrollados en el Laboratório Iberoamericano de Innovación Ciudadana (LABiCBR), que se realiza hasta el 29 de noviembre en Rio.
Do centro de inovação da comunidade Vila Nova Esperança, na zona oeste de São Paulo, veio a proposta de desenvolver um modelo de rádio comunitária. «Acredito que vamos conseguir acelerar nosso projeto aqui no LABiCBR, com a troca de experiências entre pessoas com formações diversas e vindas de vários países com realidades semelhantes», diz Lucas Fernandes Freitas de Araújo, promotor do projeto Rádios Comunitárias.
As rádios que transmitem pela web exigem um investimento em tecnologia (roteadores, antenas, caixas de som sem fio) estimado em cerca de R$ 2 mil. Para Araújo, o desafio para uma comunidade não é tanto levantar essa quantia, mas criar uma proposta e gerar conteúdo para a estação de rádio.
Seu grupo no LABiCBR inclui engenheiros, radialistas, jornalistas, gente com diferentes formações que se juntou para desenvolver o projeto, que depois poderá ser aproveitado por qualquer interessado.
Redes comunitárias de internet
Reunião do grupo Redes de Telecomunicações Comunitárias. De pé, Al Cano Santana, promotor do projeto (Foto: Segib) |
Conectar comunidades é um trabalho no qual o espanhol Al Cano Santana, promotor do projeto Redes de Telecomunicações Comunitárias, tem muita experiência. Ele traz ao LABiCBR uma bagagem de mais de dez anos nessa atividade na Catalunha, com o guifi.net, «uma rede de telecomunicações livre, aberta e neutra», segundo sua definição.
Trata-se da criação de redes comunitárias de internet. Montadas em um bairro ou em um povoado, essas redes têm os custos de instalação de hardware compartilhados.
«São redes que se fazem do zero, com antenas e roteadores que podem ser instalados na torre da igreja, por exemplo, e que permitem acesso à internet em lugares pequenos ou afastados, aonde as empresas não chegam», diz Santana.
Mesmo nas grandes cidades, as redes comunitárias podem ser uma alternativa, já que seu custo é pequeno. Segundo Santana, o pagamento de cinco mensalidades a um provedor de internet equivale ao dinheiro necessário para garantir acesso via rede comunitária por anos. A amortização do investimento inicial é rápida e, depois dessa fase, os custos de manutenção são mínimos. «O custo do acesso à internet é superestimado, pagamos demais», diz Santana.
As redes podem ser montadas para telefonia celular também, mas para uso dentro da comunidade, já que sua cobertura não ultrapassa um raio de 2km. Uma rede comunitária típica desse modelo, montada em um lugarejo no México, atende a 400 pessoas.
O grupo Redes de Telecomunicações Comunitárias reúne participantes de várias regiões do Brasil, da Bolívia, da Colômbia, da Argentina, da Espanha.
LABiCBR
O LABiCBR é uma realização conjunta da Secretaria Geral Ibero-Americana (Segib) e do Ministério da Cultura (MinC). Estão reunidos no Palácio Capanema 120 colaboradores de 14 nacionalidades para desenvolver 12 projetos de inovação do interesse de cidadãos dos países da comunidade ibero-americana.
O trabalho será desenvolvido ao longo de duas semanas, com a apresentação dos resultados no dia 29 de novembro, com a presença da secretária-geral ibero-americana, Rebeca Grynspan, e do ministro da Cultura, Juca Ferreira.
Ver todos los temas