Relatório de Perspetivas Econômicas de América Latina, uma radiografia da situação dos jovens latino-americanos

Apresentou-se no marco da XXV Cúpula Ibero-Americana o Relatório de Perspectivas Econômicas de América Latina 2016.

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O relatório ‘Perspetivas Econômicas de América Latina 2017: Juventude, Competências e Empreendimento’ ressalta experiências valiosas e boas práticas nestas áreas ao mesmo tempo que propõe estratégias para consolidar o crescimento a longo prazo de América Latina e o Caribe assegurando a continuidade da agenda social.

Durante sua apresentação, no marco da XXV Cúpula Ibero-americana, a Secretária Executiva da Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (CEPAL), Alicia Bárcena; o Presidente e Diretor Executivo do Banco de Desenvolvimento da América Latina, Enrique García, e a Chefa de Gabinete e Sherpa G20, Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE), Gabriela Ramos, destacaram os pontos centrais do estudo.

Da mesma forma que foi exposto pela senhora Rebeca Gryspan, LEO converteu-se em um documento muito valioso das Cúpulas Ibero-americanas, “este relatório não só brinda uma perspetiva Geral de nossas economias, também alinha-se com a temática da Cúpula; permite-nos um debate informado, permite aterrissar na discussão, para falar desde a evidência e não só desde a percepção”. Destacou que o volume deste ano sobre juventude, empreendimento e inovação “vai alinhado com o tema desta Cúpula e será abordado com os Chefes e Chefas de Estado neste sábado, 29 de outubro de 2016.

O Presidente e Diretor Executivo do Banco de Desenvolvimento da América Latina, Enrique García, assinalou que este relatório da pautas muito importantes para o tema da juventude, a educação; “para que suas habilidades tornem-se uma peça central das políticas públicas e da interatuação que deve existir entre o governo, sociedade civil, setor privado e os organismos internacionais”.

Por sua vez, a Secretária Executiva da Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (CEPAL), Alicia Bárcena, assinalou que quando se fala de jovens na América Latina, “falamos de 163 milhões de jovens entre 15 e 25 anos; 25% na pobreza. Hoje a juventude que tem mais recursos educacionais, tem mais recursos de comunicação, menos acesso ao emprego, mais acesso à informação, mas sim, menos acesso à toma de decisões”.

Como o assinalou Alicia Bárcena, este reporte concentrou-se nos elos da inclusão econômica e social: o emprego e a educação, “por isso é tão importante ver que em nossa região tenhamos um quarto deles na pobreza e um quinto que estão desvinculados da educação, da capacitação e do emprego e que desse quinto, 76% sejam mulheres. Não é justo denominar ‘NiNis’ as mulheres que estão em sua casa em um emprego não remunerado, parece-me injusto; por isso na Cepal deixamos de usar o termo ‘NiNis’ porque nos parece que é injusto com as mulheres que não têm a possibilidade de entrar no mercado laboral”.

A Secretária Executiva da Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (CEPAL), chamou a atenção sobre a participação dos jovens nas atividades democráticas. Indicou que há uma perda de confiança dos jovens nas atividades democráticas. “Presidente Santos, vimos isso no Brexit, aconteceu-nos em seu referendum; eles têm uma visão e não a expressam e acontece que os resultados não expressam o que eles teriam desejado. Bárcena, destacou que há falta de confiança dos jovens nas instituições e esse é um tema que não só é da América Latina, é do mundo, é um tema da OCDE, porque “há uma desconexão da juventude com as instituições democráticas”.

O relatório completo está disponível em: http://www.oecd.org/dev/americas/E-book_LEO2017_SP.pdf

 

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